A transação não inclui a transferência dos ativos imobiliários do Bankia à Cerbrerus, avaliados num total de 2.900 milhões de euros, nem empréstimos do promotor de 2.600 milhões de euros. Inclui o servicing, e a transferência de 500 funcionários do grupo que operam na venda de bens embargados e na cobrança de créditos malparados, nomeadamente no âmbito do contrato de gestão que o Bankia tem com a Sareb para a comercialização dos ativos do Banco Malo.
Uma das dificuldades da transação consistiu no facto de a grande maioria dos trabalhadores terem mais de 20 anos de serviço na empresa e mais de 40 anos, visto que o comprador pretendia reduzir o pessoal para melhor formar sinergias com outras unidades compradas em Espanha. De acordo com fontes próximas do processo, o Bankia exigiu no contrato que todos os postos de trabalho se mantivessem.
Esta trata-se da venda mais importante de uma plataforma deste tipo, um movimento que várias entidades financeiras espanholas estão a seguir. Por exemplo, o Catalunya Bank vendeu a sua no mês passado aos grupos investidores Kennedy Wilson e Värde Partners. Já o CaixaBank, o Novagalicia e o Santander também venderam a sua parte imobiliária.
Por sua vez, a Cerberus tem vindo a realizar várias operações em Espanha, das quais se podem destacar a aquisição de uma carteira de imóveis do Santander por 300 milhões de euros, uma carteira do Liberbank por 574 milhões e 100 lojas Bankia.
Fonte: VI
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