23 setembro 2013

Crédito à habitação. Taxa fixa ou variável, veja o que convêm


Os custos de amortização do empréstimo variam consoante a taxa. A fixa é sempre mais cara.
Comprar casa a pronto pagamento é quase impossível e, por isso mesmo, a solução que se impõe é recorrer ao crédito à habitação. Mas também aqui algumas dúvidas surgem: escolher taxa fixa ou variável. Esta questão ganha maior relevo com o aumento da carga fiscal e a redução dos salários. Também os spreads que são actualmente cobrados pelos bancos - em algumas instituições financeiras chegam a ultrapassar os 4% - sobrecarregam ainda mais a prestação mensal a pagar.

O que é certo é que a taxa fixa dá alguma estabilidade ao orçamento familiar, já que não está dependente das variações da taxa Euribor. Mas também apresenta um custo superior. A explicação é simples: saber qual é a mensalidade a pagar tem um encargo adicional. Ou seja, as prestações são sempre as mesmas, por isso não há lugar para surpresas, mas sai mais caro.

Ao mesmo tempo, esta taxa apresenta desvantagens em períodos em que as taxas de juro estão a descer, pois não há alterações nas prestações, mesmo que o preço do dinheiro baixe. Aliás, geralmente, no momento em que o cliente subscreve a taxa fixa, esta é sempre superior à variável. Isso significa que se um consumidor contratar a taxa fixa por cinco anos sabe que durante esse período paga sempre o mesmo valor e mesmo que a taxa Euribor baixe não haverá lugar para redução da mensalidade.

INSTABILIDADE 
Já com a taxa variável, a incerteza é sempre grande. As despesas mensais com o empréstimo sofrem alterações constantemente e como tal, o cliente nunca sabe concretamente o que vai pagar na revisão do crédito. No entanto esta solução é vantajosa no caso de existir uma previsão da descida dos juros.

O que é certo é que em Portugal ainda existe pouco a cultura de optar pela fixa. A grande maioria dos consumidores continua a preferir associar o seu empréstimo a uma taxa variável. Geralmente a recolha recai nos prazos a três e a seis meses. Se optar por fixar o valor, o montante a aplicar será decidido na altura da assinatura do contrato de crédito e não sofrerá quaisquer alterações durante o período contratado. Os períodos mais comuns são de três, cinco, 10, 20 e 30 anos. Também os custos de amortização devem ser tidos em conta. Os bancos cobram uma comissão de 0,5% sobre o capital pago num crédito de taxa variável e 2% num de taxa fixa. A verdade é que esta decisão deve ser tomada antes do cliente recorrer ao empréstimo, uma vez que os bancos muito dificilmente deixam mudar as regras a meio do jogo.

Mas independentemente da decisão que tomar em relação à taxa, o certo é que as mediadoras que actuam no mercado nacional são unânimes em dizer que esta é a melhor altura para comprar casa. A explicação é simples: a pressão de vender o imóvel rapidamente está a levar os proprietários a baixar os preços. Por isso mesmo, pode ter a oportunidade de encontrar bons imóveis a valores bem mais reduzidos.

Fonte: iOnline

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