09 setembro 2013

Sector imobiliário fecha primeiro semestre otimista


A vinda de emigrantes no Verão, a atribuição de golden visa a estrangeiros e a diversificação da captação de investimento pelas empresas imobiliárias são as principais razões para o sector ter fechado a primeira metade do ano com otimismo. A conclusão é da APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal), com base em inquéritos, que verificou um maior nível de atuação por parte das empresas de mediação imobiliária na área da habitação (99,7%).

Terrenos urbanos foi a área em que as mediadoras mais negócio fizeram (66,1%), seguida curiosamente do comércio (65,5%). E, sinal da situação económico-financeira do país, a indústria foi a área que menos atividade registou (28,7%) no período.

"A mediação imobiliária está a reagir como o país", diz Luís Lima, presidente da APEMIP, que destaca: "Depois dos três primeiros meses muito complicados, verificámos que julho e agosto registaram dados positivos." Muito graças às transações dos emigrantes e estrangeiros, o que, segundo Luís Lima, "criou alguma confiança nas empresas imobiliárias."

Agora, alerta o responsável, "não sei se vai ser sustentável. Eu espero que a tendência positiva continue, mas estou com receio de setembro. Era muito importante, e já o fizemos saber ao Governo, que em setembro e outubro" o sector "continue com otimismo e confiança."

Até lá, a APEMIP revela que o arrendamento de casas dominou a procura (45%) no primeiro semestre do ano, sendo que em alguns distritos esta realidade atingiu metade das pesquisas.

Já as rendas de casa entre os 300 e 500 euros são as mais procuradas (39%), seguidas curiosamente das prestações abaixo ou iguais a 300 euros (38%). As rendas entre 500 e 750 euros foram 14% da procura.

Uma realidade que se mantém é uma forte concentração em apartamentos e um fraco interesse em moradias. Relativamente a tipologias, são os T3 que mais se encontram disponíveis no mercado (34,3%), seguidos dos T2 (32,4%), refere um outro estudo da APEMIP, o Market Outlook de agosto.

A segmentação por valores de mercado para venda regista uma maior concentração entre 75 mil e 125 mil (29%) e entre os 125 mil e os 175 mil euros (20%).

Quanto a valores por metro quadrado (m2), a oferta residencial nacional concentrou-se no intervalo entre mil e 1.500 euros m2, representando 34,4% dos imóveis.

Já o Market Outlook diz que as casas usadas constituem a maior oferta (56,14%), enquanto as novas representam 30,33% e as em construção apenas 5,60%. A área metropolitana de Lisboa é a que tem um valor médio mais elevado na oferta das casas, em relação à área metropolitana do Porto. Se um T3 em Lisboa custa cerca de 211.319 euros, no Porto é de 207.102 euros.

Fonte: Dinheiro Vivo

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