18 outubro 2013

Proprietários revoltados com alterações do IMI no OE2014


Os proprietários estão contra e insurgem-se contra a intenção inscrita no Orçamento do Estado para 2014 de abolição da cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos prédios recém-avaliados, que impede um agravamento explosivo deste imposto até ao final de 2014. Assim como ilegítimo o imposto de luxo para terrenos.


Em comunicado, a Confederação Portuguesa de Proprietários (CPP) – estrutura confederativa que representa os proprietários urbanos portugueses, à qual pertence a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), alerta para o facto de se concretizarem estas medidas demonstra uma “brutal insensibilidade social em relação às famílias portuguesas estranguladas por impostos directos e indirectos e de total desrespeito pelos compromissos estabelecidos anteriormente perante os cidadãos e proprietários imobiliários, que viram o valor patrimonial dos seus imóveis aumentar exponencialmente nos últimos dois anos”.

A confederação revela ainda que sem a continuação da cláusula de salvaguarda, os proprietários sofrerão aumentos de IMI incomportáveis e imprevistos e que porão em causa a recuperação do mercado imobiliário e habitacional português e a reabilitação urbana.

Os proprietários consideram ilegítima a aplicação de um imposto de luxo

A CPP rejeita igualmente a pretensão de o Governo passar a taxar com imposto de luxo os terrenos com valor patrimonial tributário superior a um milhão de euros. Esta medida, inscrita no OE de 2014, coloca manifestamente em causa o Estado de Direito, pois consiste em alterar a Lei ao arrepio da Jurisprudência recente, que rejeitou a aplicação do Imposto de Selo aos terrenos de construção.

Os proprietário consideram ilegítima a aplicação de um imposto de luxo de um por cento sobre terrenos onde não exista qualquer edificação susceptível de ser utilizada para fins habitacionais, comerciais, ou de serviços, e na qual há apenas uma mera expectativa potencial de tal poder vir a acontecer.

Fonte: Diário Imobiliário

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