A opinião é de Diogo Gaspar Ferreira, presidente APR, que adverte que 2014 é o ano em que o plano estratégico delineado para este sector irá arrancar em pleno. Alerta que os produtos imobiliários integrados em resort não devem ultrapassar um milhão de euros.
Diogo Gaspar Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Resorts (APR) e presidente de Vale do Lobo, considera que a nível da promoção externa do turismo “há muito ainda a fazer, sendo 2014 o ano em que o plano estratégico delineado para este sector irá arrancar em pleno”.
Contudo, na sua opinião, o Governo português compreendeu a importância fulcral deste sector e tem hoje uma competitiva legislação fiscal para estrangeiros e uma atractiva política de vistos de residência (autorização de residência automática para compradores de propriedade de valor superior a 500.000 euros). “Estas vantagens competitivas, aliadas a uma política de promoção internacional para o sector de segunda habitação e o alinhamento estratégico entre os diversos “players”, tem começado a dar resultados”, adverte.
Questionada sobre a forma como o Algarve pretende atrair mais investidores imobiliários internacionais, como está a acontecer em Lisboa e na Linha Estoril-Sintra, Diogo Ferreira alerta que “o surgimento de algumas propriedades no Algarve com retorno garantido tem começado a gerar algum interesse, sendo uma opção bastante apelativa para quem pretende fazer um investimento imobiliário”. Na sua opinião o produto no Algarve é substancialmente diferente, fruto da localização e natureza do destino. As características da região como destino de turismo por excelência, a oferta desportiva em especial do golfe e o nível de serviço e integração do produto de resorts, são por si só factores que começam a atrair este tipo de clientes, descentralizando-os e fazendo com que considerem o Algarve.
Casas até um milhão de euros
“Após a crise, o produto imobiliário integrado em resorts e com preços entre 500.000 e 1.000.000 de euros é o que apresenta maior potencial de venda”, considera Diogo Ferreira. Na sua opinião os mercados internacionais que apresentam maior potencial de crescimento são o russo, francês e escandinavo, acrescentando que as regiões com mais potencial de crescimento neste segmento são o Algarve (interior) e o Alentejo. Na sua opinião a oferta actual “é adequada à procura e ao tipo de cliente que pensa investir no país”.
Alerta ainda para o facto de ser possível reciclar alguma da oferta existente nas zonas onde a procura pode aumentar, e mesmo avançar com a construção da componente imobiliária de alguns dos resorts que actualmente estão parados. Contudo, em ambas as situações, é fundamental que se invista em produtos cujos preços e características apresentem um maior potencial de vendas.
II Cimeira do Turismo debate turismo residencial no Algarve
A II Cimeira do Turismo, que se realiza no próximo dia 22 de Novembro, sexta-feira, pelas 10h00, no Centro de Conferências do Hotel Tivoli Victoria, em Vilamoura, organizada pela Confederação do Turismo Português (CTP), vai debruçar-se sobre os desafios e ambições de um dos destinos mais cobiçados a nível mundial, o Algarve. Conta com dois painéis onde serão debatidos os temas Sazonalidade – Ameaça ou Oportunidade? e o Turismo Residencial – Estratégia de Desenvolvimento para o Algarve. Para reflectir e debater os novos caminhos do sector e da região algarvia, estão confirmadas as presenças do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, do ministro da Economia, António Pires de Lima, e, como convidados especiais, contará com a presença de Steve Forbes, o presidente e editor-chefe da Forbes Media, e de Michael Frenzel, presidente do Conselho Executivo do World Travel & Tourism Council. Num dos temas, o turismo residencial, o mote está na necessidade de diversificar a oferta da principal região turística do país, repensar o seu posicionamento e definir novos modelos de negócio. É que apesar da situação económica actual, o Algarve continua a atrair turistas estrangeiros para aquisição de casa, seja para habitação permanente, para segunda habitação ou mesmo para investimento, o que aliado a outras actividades complementares podem contribuir decisivamente para a recuperação da economia nacional.
Fonte: Público
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