Os portugueses continuam a procurar mais casas no mercado de compra e venda do que no do arrendamento urbano. Apesar da “subida sustentada” da procura de soluções de arrendamento, com valores percentuais na ordem dos 45% - e que em alguns distritos ultrapassa mesmo os 50% -, a procura de soluções habitacionais no mercado de compra e venda ainda é maioritária, situando-se nos 53,5%.
Mas Luís Lima, presidente da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal acredita que, “a manter-se esta tendência, não o será por muito mais tempo”.
Estes são dados referentes às pesquisas no portal CasaYES nos primeiros nove meses do ano e que foram ontem divulgados pelo gabinete de estudos da APEMIP. Assim, em termos de procura de casas para arrendar, 39% dos casos apontavam para um valor entre os 300 e os 500 euros e em 38,5% o objetivo era encontrar uma solução igual ou inferiores a 300 euros mensais. Só 13,9% procuravam arrendar habitações entre os 500 e os 750 euros.
Já no que à procura de imóveis para comprar diz respeito, a APEMIP destaca que 23,5% das pesquisas se direcionaram para valores iguais ou inferiores a 75 mil euros, 30,6% situavam-se entre os 75 mil e os 125 mil euros e 20% procuravam habitações entre os 125 mil e os 175 mil euros. Quanto à oferta, 29% dos imóveis situavam-se no intervalo dos 75 mil aos 125 mil euros e 19,4% entre os 125 mil e os 175 mil euros.
E que tipo de imóvel é que os portugueses mais procuram? Maioritariamente (57,5%) apartamentos, em especial T2 e T3, e só 32,2% recorreram ao portal para pesquisar moradias.
“O mercado imobiliário continuou, em 2013, a refletir o diminuto poder de compra e o escasso rendimento disponível das famílias, bem como o crescente nível de desemprego e as restrições ao nível do financiamento bancário”, diz Luís Lima.
O ano ficou, também, marcado “por algum dinamismo” quanto à captação de investimentos estrangeiros para o sector, assegura o presidente da APEMIP, “em parte, graças ao novo quadro legislativo que os golden visa trouxeram neste campo”. Resumindo, 2013 é um ano “ligeiramente menos pessimista” do que o anterior, e o mercado imobiliário “tentou respirar com mais vivacidade e reinventar-se através de novas soluções e novos agentes”, sublinha.
Fonte: Dinheiro Vivo
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