O balanço na transação de lojas da carteira do Millennium bcp é positivo, tendo sido colocadas três centenas de frações. Contudo, as expectativas para 2014 são mais otimistas e o objetivo é aproximar este segmento do nível de vendas conseguido no mercado da habitação.
“A venda de unidades comerciais é positiva sobretudo nas localidades do litoral, sendo que no total foram colocadas mais de três centenas de frações”, adianta, em jeito de balanço, José Araújo, diretor do Millennium bcp.
Contudo, a convicção do responsável é que este segmento apresenta todas as condições para que, em 2014, possa aproximar-se do número de transações do segmento habitacional, que é, atualmente, significativo.
A expectativa positiva tem, também, por base o último relatório do Banco de Portugal que “prevê que, em 2014, o crescimento do PIB seja alavancado pelo aumento da procura interna”, refere.
Assim, o Millennium bcp vai intensificar as ações na venda de lojas que serão segmentadas e orientadas para a procura de mais clientes, de forma a beneficiar de uma maior procura que se espera venha a ser uma realidade no próximo ano.
Na opinião de José Araújo a estratégia comercial assenta nos modelos já experimentados pelo banco. “Vamos seguir o mesmo rumo procurando especialistas nos diversos mercados locais e regionais, que se queiram especializar e ser parceiros a sério e a tempo inteiro na procura de potenciais empreendedores e investidores nestes negócios”, adianta.
Alerta, contudo, “é nossa convicção que ainda há muito a melhorar, por parte dos diversos operadores de mercado”.
Gondomar em destaque
No balanço de lojas transacionadas, especialmente nos últimos meses, verifica-se que é nos centros urbanos, onde o comércio atinge especial significado, que a venda é mais notória, sobretudo se a localização for central e de fácil acesso. Contudo, mais uma vez, “foi no Norte, no distrito do Porto, onde efetuámos o maior número de vendas destes imóveis, com Gondomar em destaque”, adianta José Araújo. Já no Sul, o destaque vai, obviamente, para Lisboa, Sintra, e sobretudo Amadora. Outras cidades, como Coimbra, Aveiro, Braga, Viana, Setúbal e Faro foram também locais com mais de uma transação.
As lojas localizadas em zonas centrais, com facilidade de acessos e com boa cobertura de transportes públicos, com saídas de fumos, no caso da restauração, ou facilidade de estacionamento, no caso particular do comércio de retalho, são aquelas que tem maior procura, independentemente do ramo de atividade.
“Contudo, as características variam conforme a atividade que se pretende instalar no imóvel, sendo que a procura incide, especialmente, sobre as lojas mais pequenas, até 100 m2 e com preços entre os 60 a 100 mil euros dependendo, obviamente, da sua localização”, alerta.
Nas campanhas, com preços promocionais, os resultados das vendas são, ainda, menores em comparação com o segmento habitação.
“As lojas representam, neste momento, um dos ativos mais difíceis de venda dado a inexistência de dinamismo na área de retalho face à diminuição do poder de compra interno. No entanto, os novos negócios, por via do crescimento do empreendedorismo, vão surgindo e há que incrementar a dinâmica entre a procura existente e a oferta que temos em carteira”, considera José Araújo.
Os clientes são, sobretudo, os particulares que estão a iniciar novos projetos (caso dos médicos, advogados e pequenos comerciantes), mas também os empresários em atividade que necessitam de espaços para expandir as suas empresas ou para as relocalizarem. “Começam também a aparecer investidores que compram estes imóveis para os arrendar embora ainda em menor número, em comparação com o cliente final”, adverte.
Esta situação deve-se ao facto de haver a perceção de que se trata de excelentes oportunidades de negócio, quer em preço, quer nas condições creditícias oferecidas pelo banco.
ERA Torres Vedras vendeu 80% dos imóveis comerciais entregues pelo banco
“O balanço é muito positivo, apesar de na generalidade serem imóveis mais difíceis de vender devido à situação económica que o país atravessa. Mas, até ao momento, a ERA Torres Vedras vendeu 80% dos imóveis comerciais (lojas e armazéns) que o Millennium bcp nos entregou para comercializar na nossa zona de atuação”, adianta a diretora comercial, Teresa Rocha. Dá como exemplo o caso de uma loja, em Santa Cruz, com 300 m2, com dois lugares de estacionamento que foi vendida por 135.000 euros. “No passado o preço teria sido muito mais elevado”, refere.
No caso da venda dos imóveis comerciais, incluídos nas campanhas de promoção, a taxa de sucesso é muito elevada. “Fizemos um leilão em Torres Vedras com imóveis do Millennium bcp, em que a totalidade dos imóveis comerciais foram vendidos (100%). Os clientes associam as campanhas a boas oportunidades de negócio, uma vez que os imóveis têm baixas de preço significativas”, refere.
Na opinião de Teresa Rocha, “os clientes compram para desenvolver ou expandir a atividade que já exercem, muitas vezes estão em instalações arrendadas e ao comprarem deixam de ter esse custo”. Acrescenta, “também temos conseguido vender estes imóveis a alguns investidores que depois colocam no mercado do arrendamento, tirando uma taxa de rentabilidade bastante superior a qualquer depósito a prazo”.
A responsável comercial da ERA considera que em Torres Vedras “a procura de lojas, por parte de empreendedores, é significativa no mercado do arrendamento, na compra não é tão significativa. Atualmente quem abre um negócio de raiz, inicialmente começa por arrendar uma loja e só posteriormente pensa em comprar”, conclui.
Fonte: Público
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