Portugal e Espanha foram dos países europeus que mais sentiram a quebra do preços das habitações desde 2008, uma quebra que parece ter vindo a diminuir durante o ano de 2013, apesar da instabilidade verificada.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Eurostat em outubro, os preços em Portugal registaram uma quebra homóloga de 4,6% no 2º trimestre do ano, face a 2012, altura em que Espanha registou a maior quebra do conjunto da UE, de 10,6%. Nesta altura, a média europeia foi de 1,3%. Estas quebras foram, no entanto menos aceleradas do que as quebras homólogas, face a 2011.
Por seu lado, o Índice da Confidencial Imobiliário mostra que, em outubro, a instabilidade no preço das casas em Portugal, verificada desde o verão, manteve-se. Os preços registaram, neste mês, uma ligeira recuperação de 0,3% face a setembro, confirmando a oscilação que se tem verificado desde maio. Maio foi o 1º mês em que os preços cresceram desde agosto de 2010.
A subida em outubro é explicada, essencialmente, pela valorização dos fogos novos, que subiram 1,4%, ao contrário das casas usadas que baixaram 0,5% face a setembro. Isto levou a uma variação homóloga face a 2012 de -3,9% em setembro para -3,5% em outubro.
Os preços das casas desceram 0,7% na AML, também em termos homólogos. No entanto, apesar de se manterem em terreno negativo, houve uma evolução de -4,3% em setembro para os -3,8% em outubro.
De acordo com o Banco de Portugal, só desde início do programa de ajustamento o preço da habitação já deverá ter descido 10% em Portugal, lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira recentemente divulgado por esta entidade.
Em Espanha, desde 2007, o último ano antes da crise, as habitações estão 38% mais baratas. Em outubro, a quebra anual foi de 7,2%, depois de uma subida de 8,5% no mês anterior, de acordo com os dados da Tinsa, que mostram também uma instabilidade dos preços este ano mas, também, uma diminuição da quebra dos mesmos.
Estes números sugerem que o preço da habitação deverá continuar a abrandar, nomeadamente depois de terem desaparecido os benefícios fiscais de compra desde o início deste ano no país.
As maiores quebras verificaram-se nos grandes centros urbanos espanhóis, que registaram uma quebra homóloga de 7,9%, seguidas pelas respetivas áreas metropolitanas e municípios, que ambos registaram uma quebra de 7,5%.
De salientar que as quebras nos preços, acumuladas desde dezembro de 2007 chega aos 45,4% em toda a costa mediterrânea, 42,2% nas capitais e grandes cidades e 41,9% nas áreas metropolitanas.
No entanto, apesar dos valores acumulados serem significativos, as quebras dos preços parecem começar a abrandar.
Fonte: VI
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