Valor médio do metro quadrado usado em Lisboa é mais alto que no Porto: 1.522 euros para 1.080 euros.
2013 caracterizou-se pela descida generalizada do preço dos imóveis, em especial na grande Lisboa e no grande Porto. De acordo com os profissionais consultados este ano será marcado pela estabilização dos preços.
Só no terceiro trimestre de 2013, o preço das casas desceram em quase todos os concelhos da área metropolitana de Lisboa, com excepção de Alcochete e Odivelas, segundo os dados do Índice Confidencial imobiliário (ICi). A descida dos preços foi superior na margem Norte de Lisboa do que na margem Sul, com variações homólogas de -3,2% e -2,6%, respectivamente. Sintra foi a localidade que registou piores números, com uma queda de 4,5%, face ao 2.o trimestre de 2012.
O valor médio do metro quadrado das casas usadas em Lisboa é de 1522 euros, um pouco mais alto do que no Porto, onde vale 1080 euros, segundo os dados do último trimestre de 2013 divulgados pela Pordata. As tipologias mais procuradas para compra são os T3 para habitação própria e os T1 para investimento.
Segundo o administrador-geral da Century 21, Ricardo Sousa, as oscilações de preços centraram-se nas zonas onde se registaram taxas de desemprego mais elevadas, situação que obrigou as famílias "a vender as suas casas com muita urgência. Isso teve maior impacto nos concelhos limítrofes de Lisboa e Porto, como é o caso de Sintra, Amadora, Loures, Almada, Seixal, Gaia e Maia", disse a mesma fonte. Ricardo Sousa lembrou, contudo, que as oscilações de preço também se reflectiram noutras zonas, como é o caso do Algarve, onde a oferta está centrada na segunda habitação e a procura tem sido menor, apesar de haver muitas construções novas. "Agora, estamos a registar uma clara estabilização dos preços", esclareceu.
O presidente da Ci, Ricardo Guimarães, explicou que a descida de preços foi mais acentuada nesta zona do país porque foi influenciada pela sua exposição ao mercado de turismo residencial. "Note-se que tendo tido essa descida, esta região será onde mais facilmente se antecipa uma subida dos preços nos próximos anos", ressalva.
Por sua vez, a CEO da Remax, Beatriz Rubio, prefere dizer que os preços sofreram uma diminuição em todo o país e que a tendência de descida registada nos últimos anos deverá apenas permanecer em algumas localidades, consoante o fluxo de oferta e procura se mantiver desequilibrado. "De facto, assistimos já a uma certa estabilização dos preços, pelo que não é expectável que esta tendência de descida contínua dos preços se vá prolongar por mais doze meses", sublinha.
Quando questionados se é verdade que os imóveis mais caros se vendem mais depressa, os responsáveis pela Remax e pela Ci responderam que "cada caso é um caso" e que "não se pode fazer uma afirmação nesses moldes". Já Ricardo Sousa foi mais assertivo, afirmando que "não, muito pelo contrário. No segmento médio alto e luxo, o tempo médio de venda é superior, porque os proprietários têm capacidade económica para esperar e não cedem no valor do imóvel".
Fonte: iOnline
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