Foi em clima de optimismo que a Cushman & Wakefield apresentou aos jornalistas o Marketbeat Portugal Primavera 2014 – o estudo semestral que analisa os sectores de escritórios, retalho, industrial, residencial e hoteleiro, bem como a actividade de investimento imobiliário em Portugal.
A quase certa viragem da economia portuguesa em 2014 foi o ponto de partida da apresentação do estudo, a par com uma tendência para um ligeiro aumento do consumo privado e de uma melhoria das condições no mercado de trabalho.
Com um longo caminho a percorrer até à recuperação plena do mercado está o sector do retalho, contudo, há a assinalar neste sector, o dinamismo do comércio de rua já registado anteriormente e que continua com perspectivas muito positivas para 2014.
O mercado de escritórios apresentou o pior volume de absorção desde que há registo e os baixos níveis de procura preocupam a evolução futura do sector, no entanto, este foi o segundo sector com maior peso para o retorno do investimento comercial no último trimestre de 2013. A compra dos restantes 50% do centro comercial CascaisShopping por parte da Sonae Sierra à britânica Rockspring foi o maior negócio do ano e responsável por 60% do total do investimento comercial. A compra por parte do fundo imobiliário alemão Deka do Báltico Office Center à Mota-Engil por 43 milhões de euros e a venda dos edifícios Espace e Explorer no Parque das Nações ao investidor de origem suiço AFFIA por cerca de 30 milhões de euros, foram as seguintes maiores transacções.
No sector industrial, o Índice de Confiança da industria transformadora manteve a sua evolução positiva no segundo semestre de 2013 e as expectativas para 2014 são moderadamente positivas.
O sector residencial registou ao longo de 2013 uma ligeira recuperação, contudo, ainda existe um montante considerável de fogos para escoar. De realçar o impacto dos Golden Visa, que começa agora a ser sentido. Para 2014 a consultora imobiliária diz que as perspectivas de desempenho deste sector são pouco claras, que o fenómeno dos Golden Visa deverá manter-se em 2014, mas que, a procura motivada por este tipo de negócios não tem ainda dimensão para provocar uma retoma do mercado no seu todo.
Os indicadores turísticos apresentam uma melhoria generalizada, uma tendência que se perspectiva que seja mantida em 2014.
Em suma, 2014 poderá ser o ano da confirmação do mercado português como uma alternativa segura e mais rentável aos mercados core europeus.
Fonte: Construir
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