Segundo a análise da Proteste Investe a cidade de Coimbra não é atractiva em termos imobiliário. De acordo com o relatório publicado recentemente, embora tenha uma vasta população estudantil, em termos imobiliários, Coimbra é uma réplica do resto do país: assistiu à expansão desmesurada do seu parque habitacional ao longo das últimas quatro décadas (o alojamento disponível cresceu 153%), não acompanhado pelo crescimento da população (cresceu apenas 33%). O número médio de habitantes por cada alojamento passou de 3,4 em 1970 para 1,8 em 2011 contribuindo significativamente para uma maior pressão na oferta de imóveis disponíveis para venda.
Paralelamente, a população envelheceu acentuadamente. Se, em 1981, por cada 100 habitantes, 24 tinham menos de 15 anos e 11 tinham mais de 65 anos, actualmente os números praticamente inverteram-se: por cada 100 habitantes, 12 têm menos de 15 anos e 20 mais de 65 anos. Uma população envelhecida tem maior apetência para alienar património do que para investir.
Os problemas demográficos associados à crise económica contribuíram para a desvalorização dos imóveis na cidade de Coimbra. “Estimamos que, em média, a quebra de valor rondou os 15% nos últimos quatro anos. Ainda assim, numa perspectiva de comprar para arrendar, os imóveis estão muito caros”, lê-se no documento.
Ao compararmos os preços médios de aquisição com os preços médios de arrendamento e usando a metodologia da Proteste Investe, as rentabilidades líquidas anuais obtidas são inferiores a 3%, uma marca que consideramos muito baixa. Actualmente o mínimo que deve exigir para um investimento imobiliário é de 5% líquidos de encargos e impostos. Para o actual valor das rendas, de forma ao investimento ser atractivo, os valores de aquisição teriam que desvalorizar em média 50 por cento.
Fonte: Diário Imobiliário
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