07 abril 2014

Martinhal expande marca para Lisboa


Tem acumulado prémios atrás de prémios, dos quais os mais prestigiados serão, porventura, os Word Travei Awards que o distinguiram duplamente, em 2013, com os galardões de Europe's Leading Villa Resort e o Portugal's Leading Family Resort. Distinções de prestígio que bateram uma concorrência de peso e onde se incluíam, entre outras, unidades portuguesas como o Hotel Quinta do Lago ou o Pine Cliffs Resort e estrangeiras como o Borgno Eganzia, em Itália, ou o La Manga, em Espanha.

Agora, o Martinhal Beach Resort & Hotel, que inclui um hotel com 37 quartos e um aldeamento turístico com cerca de 200 casas (um investimento que totalizou os 85 milhões de euros), quer replicar este sucesso também na área da grande Lisboa. Um passo para a expansão da marca. Martinhal que não prevê a construção de raiz, como aconteceu com o empreendimento em Sagres, mas sim a gestão de um ou mais hotéis que façam parte da carteira de fundos de reestruturação do sector turístico ou de entidades bancárias.

"Existem vários fundos que são, neste momento, detentores de muitos hotéis e são estas oportunidades que estamos a analisar atentamente. O objetivo é expandir a marca Martinhal para outras localizações", resume Chitra Stern, proprietária e administradora do Martinhal. Para já, a empresa está focada em Lisboa e Cascais em hotéis da categoria de quatro ou cinco estrelas. "O objetivo é gerir um hotel de luxo para famílias no centro de Lisboa ou perto. Sentimos que se foi possível fazer sucesso em Sagres, que é um nicho, conseguiremos fazê-lo em qualquer lado".

128 mil dormidas em 2013 

O know-how adquirido nos últimos três anos à frente do Martinhal que passou a colocar Sagres na rota do turismo de luxo "despretensioso" e muito orientado para as famílias, é o principal trunfo da empresa. "Só em 2013 registámos 128 mil dormidas no nosso resort. Este é o resultado de um milhão de euros gastos em marketing e promoção por ano, se contabilizarmos todas as ações e todas as pessoas a quem pagamos na área das relações públicas no Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Suíça, Áustria, Escandinávia ou Estados Unidos", diz Chitra Stern, acrescentando que 97% dos hóspedes são estrangeiros e apenas 3% são portugueses, com os ingleses e os alemães a representarem a maior fatia, respetivamente 58% e 14% do total das dormidas.

Além da aposta na expansão da marca para a grande Lisboa, a administradora quer também abrir mais outro hotel na zona do Algarve, "em Vilamoura, Quinta do Lago ou Albufeira". Estar distante do Martinhal Resort de forma a não se constituir como um espaço hoteleiro concorrencial e estar próximo de campos de golfe são as condições essenciais para a abertura de mais uma unidade Martinhal no Algarve. 

O resort de Sagres abrange o hotel de 37 quartos e ainda 200 moradias. A empresa vendeu entre 2004 e 2013 cerca de 80% destas casas, a grande maioria a ingleses, alemães e irlandeses. 

As habitações, classificadas como alojamento local, estão praticamente todas integradas no sistema de buy-to-let que permite aos proprietários das casas rentabilizá-las, podendo, no entanto, desfrutar da habitação e de todo o condomínio durante parte do ano. "As casas são geridas por nós e os proprietários conseguem assegurar um rendimento na ordem dos 4% ao ano", pormenoriza a responsável. 

A crise económica mundial veio abalar, a partir de 2008, o mercado tradicional de investidores na região algarvio, principalmente os ingleses e os irlandeses, admite Chitra. Um mercado que ainda não recuperou totalmente, daí a empresa estar a apostar forte noutro tipo de investidores estimulados pelas medidas do golden Visa (para quem adquirir imóveis acima de meio milhão de euros) e do Estatuto do Residente Não Habitual (que confere benesses fiscais a quem permanecer em Portugal durante pelo menos seis meses). 

"Já vendemos 10 casas a chineses e temos várias visitas marcadas. Eles estão muito focados na questão do retorno do investimento e na obtenção do visto. Não querem gastar um milhão ou mais numa villa, optam antes por casas com preços a variar entre os 500 mil e os 650 mil euros", refere a administradora do Martinhal.
Fonte: Expresso

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