25 abril 2014

Mais de dois milhões de euros de PPR resgatados em 2014 para pagar créditos


Mais de dois milhões de euros de PPR resgatados em 2014 para pagar créditos
O presidente do ISP adiantou anteontem que, só este ano, contabiliza-se já o resgate de 6.234 contratos.
Desde o início deste ano já foram resgatados mais de dois milhões de euros em Planos Poupança Reforma (PPR) para pagar créditos à habitação. A informação foi ontem adiantada pelo presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) na Assembleia da República.

"Em 2014, foram resgatados 6.234 contratos de PPR, com valores médios de 356 euros, o que dá dois milhões de euros de resgate que serviram para pagar créditos à habitação", explicou José Almaça, citado pela Lusa. Estes movimentos resultam das alterações legislativas feitas em meados do ano passado que passaram a permitir o resgate de PPR, sem perda de benefícios fiscais, para liquidar prestações do crédito à habitação. Além dos empréstimos puros para compra de casa, a recente lei permite que estas amortizações via liquidação de PPR possam igualmente ocorrer em outros créditos que tenham também como garantia a habitação própria e permanente de uma família.

O presidente do ISP lembrou, no entanto, ontem que estes cerca de dois milhões de euros de resgates são um valor "muito reduzido e irrelevante" já que se enquadram num ‘bolo' total de PPR que ronda, actualmente, os 13 mil milhões de euros.

Ainda sobre o sector segurador, Almaça adiantou que no dia 30 vão arrancar os ‘stress test' às companhias destinados a avaliar o impacto qualitativo e restantes efeitos do futuro regime de Solvência II. O responsável refere ainda que o ISP_está em condições "de fazer a transposição dessa directiva para o direito português" e que deverá ser colocado em consulta pública "durante o próximo mês". A transposição é para ser feita em Junho e Julho.

ISP sem nada a apontar ao negócio Fosun/Fidelidade

"Não temos informações que desabonem em termos de solidez financeira do grupo Fosun", disse ontem José Almaça. Questionado pelos deputados sobre a compra pelo grupo chinês da Fidelidade, que detém cerca de 30% do mercado segurador nacional, o presidente do ISP referiu ainda que sugeriu que a sede da empresa compradora do negócio segurador da CGD fosse em Lisboa, admitindo que pode ter sido por isso que foi criada a LongRun Portugal. É através desta sociedade, criada este ano e detida pela Fosun, que será concretizada a compra da Fidelidade.

O supervisor dos seguros deu na semana passada ‘luz verde' ao negócio. Almaça referiu ainda esta quarta-feira no Parlamento que no processo de avaliação da operação foram consultadas "várias entidades de supervisão" e analisados os dados económicos da empresa adquirente, ou seja, a Fosun.

Fonte: Diário Económico

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