07 abril 2014

Sotheby's quer "rapidez e clareza" na tributação dos imóveis


Sotheby's quer "rapidez e clareza" na tributação dos imóveis
O fim da cláusula de salvaguarda no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que o Governo quis contemplar no Orçamento do Estado para 2014 e que implicou um agravamento dos montantes do imposto, não teve impacto sobre os negócios" da imobiliária de luxo Sotheby's. Mas gerou nos seus clientes, particularmente nos estrangeiros, sentimentos de "preocupação" e de "incerteza" quanto à avaliação dos imóveis e quanto ao montante a pagar de IMI, revelou o diretor-geral da empresa, que opera em Portugal desde 2007. 

"Penso que o que aconteceu é que as perguntas [dos clientes] mudaram", diz Gustavo Soares, explicando que "hoje as pessoas perguntam mais 'quanto é que a casa paga em termos de IMI' e se a mesma "já foi avaliada de acordo com as novas regras'. Questionado pela "Vida Económica" sobre se Portugal deveria ter um regime fiscal mais amigo dos investidores, como forma de atrair mais investimento nesta área, nomeadamente do estrangeiro, o diretor-geral da Sotheby's não hesita: "A carga fiscal deve ser imputada de igual forma e de acordo com as mesmas regras para todos os agentes económicos, estrangeiros ou não". 

Em todo o caso, Gustavo Soares realça que "a comercialização de imóveis de luxo a estrangeiros deve ser considerada uma exportação e uma forma de captação de fundos no estrangeiro". E, para os investidores estrangeiros e nacionais, "o que é importante é o custo global dos imóveis (impostos incluídos), a rentabilidade, a rapidez e clareza das decisões tomadas pelas entidades oficiais". 

Daí que, diz o diretor-geral da Sotheby's, o cliente deste segmento de luxo esteja muito mais focado na "expetativa de realização de mais-valias no futuro e na facilidade de transformar os ativos em liquidez" que noutro qualquer aspeto.
Fonte: Vida Económica

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