07 abril 2014

Mediadoras. Novas lojas prometem lucros de 30%


Paixão, rentabilidade elevada e investimento reduzido são algumas das razões para o sucesso.
Apesar das quatro mil empresas de mediação imobiliária que existiam há cinco anos terem caído para metade, as principais mediadoras do país somam e seguem com cada vez mais lojas.

Só este ano, a Remax já celebrou 13 novos contratos de franchising e a Century 21 acabou de abrir seis novas lojas, distribuídas por Cascais, Sesimbra, Porto e Póvoa do Varzim. Por sua vez, a ERA conta chegar ao fim do ano com mais 20 agências.

Estas três empresas contactadas pelo i esperam um crescimento nos lucros na ordem dos 25 a 30%. Não sendo, por isso, de estranhar que a sua taxa de falência seja inferior a 5%. "As razões prendem-se sobretudo com a falta de liderança", justifica o director de expansão da ERA, Pedro Barbosa, razão partilhada pela CEO da Remax, Beatriz Rubio. Mas esta é uma situação atípica. O director--geral da Century 21, Ricardo Sousa, diz que são mais as lojas que vingam porque "em Portugal, actualmente, os números indicam que em apenas dois anos a percentagem de transacções que actualmente são realizadas através de uma empresa de mediação imobiliária passará de 40% para mais de 50%". E ao que tudo indica este valor ainda irá crescer. "À semelhança do que já acontece noutros países, também em Portugal a procura pelos serviços de mediadores imobiliários está a aumentar significativamente", acrescenta Ricardo Sousa, ressalvando que o nível de exigência também está a aumentar, o que obriga a uma profissionalização do sector e a uma reestruturação das empresas para irem ao encontro das necessidades actuais dos clientes. "Neste sentido, as empresas de mediação imobiliária com profissionais especializados não só estão a vingar, como estão a ser capazes de se fortalecer", sublinha.

A falta de emprego, por estranho que pareça, pode até beneficiar este negócio, uma vez que o perfil dos candidatos a abrir lojas ou a colaborar com elas é muito mais qualificado do que no passado. "Isso permite-nos também ter uma taxa de retenção mais elevada", conclui o administrador da Century 21. Já Beatriz Rubio optou por enumerar outras razões: "o que leva uma pessoa a arriscar tudo por esta área é em primeiro lugar a paixão. Depois, o facto de ser uma actividade que praticamente todas as pessoas necessitam e a que recorrem em vários momentos das suas vidas", afirmou, chamando a atenção para o facto dos franchisings proporcionarem um elevado potencial de volume de negócio e de rentabilidade. Além disso, "não carecem de um investimento alto, uma vez que não são necessárias grandes instalações, maquinaria ou equipamentos, nem custos salariais, stocks, perecíveis, devoluções, etc.", finaliza.

Por exemplo, na ERA, entre o primeiro trimestre de 2013 e o deste ano, a percentagem de interessados em abrir franchisings cresceu 40%. Esta evolução foi tal que, só este ano, a mesma mediadora já criou 336 novos postos de trabalho e pretende chegar aos 500.
Fonte: iOnline / Foto: Eduardo Martins

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