24 junho 2014

Imobiliário industrial e de logística vai registar mais um ano dinâmico


A mais recente análise da JLL mostra que o mercado de investimento em imobiliário industrial e de logística na região EMEA vai registar mais um ano dinâmico, tendo em conta a sua trajetória de crescimento no 1º trimestre deste ano. 
Neste período, os volumes de investimento neste tipo de imobiliário atingiram os 4.900 milhões de euros, mais 25% do que no período homólogo em 2013. 

E o peso deste setor no mercado de investimento imobiliário terciário continuou a aumentar, tendo concentrado 13% da atividade total do 1º trimestre deste ano, face ao peso de 10% registado no ano passado. 

Contudo, embora os volumes tenham crescido em termos homólogos em todas as subregiões, a maior parte da atividade focou-se nos principais mercados, nomeadamente Reino Unido e Alemanha, que registaram crescimentos homólogos de 46% para 1.500 milhões de euros e 140% para 1.300 milhões de euros, respetivamente. Volumes principalmente impulsionados por transações de portfólios. 

França é também, tradicionalmente, um dos mercados mais fortes da Europa nesta área, mas a escassez de produto prime no país levou a que o investimento recuasse 60% neste trimestre, face a 2013, para os 230 milhões de euros. De salientar que o 1º trimestre de 2013 foi excecionalmente forte. 

Segundo a JLL, a forte concorrência para a compra de ativos e portfólios, associada a uma crescente confiança dos investidores e do mercado, é sinal de que o setor está a atrair um espectro mais alargado de investidores, nomeadamente os oriundos do Médio Oriente e da Ásia. 

Estes dados mostram também que os investidores estão cada vez mais dispostos a arriscar. No total, 1.900 milhões de euros foram investidos fora destes 3 principais mercados, mais 9% do que no mesmo período do ano passado. 

Tom Waite, diretor de Capital Markets da Europa da JLL, comenta que «este novo crescimento no investimento em imobiliário industrial e de logística continua a ser impulsionado pelo elevado volume de capital que tem este setor na mira. À medida que a tendência para a aglomeração continua», explica o responsável, «assistimos a uma forte procura de oportunidades para portfólios e plataformas. Não obstante, a apetência por transações de imóveis individuais mantém-se saudável e este tipo de operações cresceu mesmo 80% em volume face ao 1º trimestre de 2013». Acrescenta ainda que algumas tendências chave que emergiram no início deste ano incluem «o aumento da dimensão média das operações, o crescimento de fluxos de capital global e a contínua emergência de oportunidades fora dos três principais mercados, especialmente na Europa Central e de Leste». 

Por seu lado, Alexandra Tornow, Head de Research de Logística & Industrial na região EMEA da JLL, considera que «a melhoria do sentimento económico a nível global e as alterações estruturais contínuas nas cadeias de distribuição estão na base de “fundamentals” de mercado saudáveis. Estes dois fatores combinados com um fluxo mais elevado de capital oriundo de fora da Europa e que está a selecionar ativos industriais e de logística, significa que podemos antecipar um ano 2014 de novo crescimento transacional, apesar de a escassez de produto prime poder travar volumes excecionalmente elevados em alguns mercados».

Fonte: VI

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