A agência de mediação Casa em Portugal, que abriu em 2010 na Avenida da Liberdade, mudou-se para o Chiado. O administrador desta mediadora, Pascal Gonçalves, explicou que esta tomada de decisão surge numa altura em que prevêem aumentar, em 2014, 30% nas suas vendas e alargar a novos produtos. "Isto vai permitir-nos dar um salto", comenta. Para tal vão promover parcerias com promotores imobiliários que estejam a desenvolver produtos em zonas com interesse e também com particulares.
Pascal Gonçalves revela ainda que estão "igualmente a profissionalizar a empresa, para o efeito contamos com vários consultores internacionais de diferentes nacionalidades, com uma coordenação comercial e com vários escritórios abertos".
2014 vai ser, então, "o ano do consolidação e maturação do projecto que se iniciou em 2010". E não é para menos, conforme o administrador avança: "Sentimos que existe uma cada vez maior apetência por parte dos estrangeiros em investir em Portugal pelo que temos boas perspectivas para a nossa empresa para este ano".
Com escritórios também abertos em França, Suécia, Brasil e Venezuela, Pascal Gonçalves diz que, de uma forma geral, "as pessoas fazem nestes países um primeiro contacto mas depois vêm a Portugal procurar casa".
Neste momento, encontram-se a angariar um leque variado de imóveis de forma a dar resposta à procura que têm tido e "que, não só está a aumentar, como é, cada vez mais, diversificada". Por isso mesmo, precisam de "encontrar produtos que correspondam a essa variedade da procura".
O tipo de procura que chega à Casa em Portugal tem como principal motivação encontrar o imóvel dos seus sonhos essencialmente na região de Lisboa e no Algarve.
"No caso da Grande Lisboa, dominam as casas reabilitadas com vista de rio ou com terraços, mas também procuram casas localizadas na linha de Cascais, nomeadamente apartamentos e moradias, e ainda casas situadas na margem sul de preferência com vista de rio ou com visto para Lisboa. As zonas nobres da capital, como é o caso do Chiado, são muito procuradas pelos brasileiros, embora também estendam a sua procuro à linha de Cascais", esclarece.
Já no caso do Algarve, "os estrangeiros procuram sobretudo as zonas de Lagoa, Ferragudo e Tavira, nomeadamente o mercado francês, enquanto Albufeira é mais procurada por mercados como o sueco e o inglês".
A explicação sobre o facto de estarem mais focados nestas duas regiões portuguesas é simples: "porque os nossos clientes estão mais focados nestas regiões, ou seja, estamos onde os nossos clientes precisam que estejamos".
Pascal Gonçalves acredita que "cada nacionalidade tem os seus próprios critérios de procura", pelo que "para cada imóvel há um potencial comprador". Relativamente ao tempo médio de venda de imóveis a estrangeiros, esta mediadora avança que, normalmente, "entre o primeiro contacto e a compra efectiva varia entre 15 dias a seis meses, mas existem casos em que isso só acontece ao fim de um ou dois anos". O interlocutor dá dois exemplos antagónicos que espelham bem esta realidade: "A decisão de comprar um imóvel por porte dos chineses é muito rápida mas depois a concretização depende da chegada ou não do dinheiro a Portugal; já os Franceses demoram mais tempo e, por vezes, preferem mesmo arrendar antes de comprar para sentir os bairros e o País e só depois então decidem".
Aindo assim, ficamos a saber que o poder aquisitivo da procura tem vindo a aumentar. "Enquanto até há bem pouco tempo apenas se procuravam casas na ordem dos 200 mil euros, agora a fasquia já vai até aos 400 mil euros". Além de que até a "compra de imóveis por parte dos portugueses também está a dar sinais positivos". Face a este cenário, Pascal Gonçalves acredita "a mediação internacional tem muito boas perspectivas e a mediação para o mercado português também tem perspectivas que estão a melhorar".
Fonte: Magazine Imobiliário
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