Plano de Demolições no Litoral teve início na passada terça com destruição de 27 casas em Esposende. Custa muito ver a minha antiga casa ir abaixo porque é uma vida arrasada", disse António Abreu, 6o anos, dono de uma das 27 habitações que começaram ontem a ser destruídas junto à praia de São Bartolomeu do Mar, em Esposende. O Programa de Demolições no Litoral prevê gastar 300 milhões de euros para remover 835 edifícios em frentes de mar de todo o País até ao final do próximo ano.
"São demolições que estão no papel há décadas. Vamos agora passar à açao, sempre com moderação social", afirmou o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.
A intervenção em São Bartolomeu do Mar vai custar 2,9 milhões de euros, 1,4 milhões dos quais destinados a indemnizações aos ex-donos dos terrenos e casas. "Tínhamos uma rica praia que atraía muita gente, mas perdemos cem metros de areal nos últimos anos", referiu Abílio Cerqueira, 73 anos, que tinha uma barraca onde guardava sargaço. A Câmara de Esposende vai ainda intervir em Cedovém, Apúlia e Pedrinhas. Quanto às torres de Ofir, "uma defesa de mar é mais barata do que o recuo e a indemnização à população", garantiu o autarca, Benjamim Pereira. "Tentaremos proteger a infraestrutura. Está previsto um projeto de 1,2 milhões de euros para a proteção da zona", disse o ministro do Ambiente.
As próximas demolições deverão ocorrer nos Ilhotes e Ilha Deserta, em Faro e Olhão. Da lista da tutela constam 808 edificações. Mais de 190, nos Ilhotes, serão as primeiras a serem destruídas. Com os dias contados estão também as casas da praias de Faro, Hangares e Farol Nascente.
Fonte: CM
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