06 outubro 2014

Mais estrangeiros procuram Santarém para comprar casa


O distrito de Santarém tem vindo a registar uma maior procura de estrangeiros para a compra de casa. Também a procura doméstica aumentou, quer na habitação quer no segmento não residencial.
Entre os principais compradores estrangeiros incluem-se os franceses, os belgas, ingleses, holandeses e também sul-africanos, conforme revelaram os agentes imobiliários contactados.


“Temos sentido uma maior procura e dinamismo no mercado imobiliário, especialmente no segmento habitacional”, começa por dizer Daniel Ferreira, gerente da Remax Rumo Entroncamento e Torres Novas, que trabalha além destes dois concelhos, os de Tomar, Abrantes, Alcanena, Constância, Vila Nova da Barquinha, Ferreira do Zêzere e Golegã. O profissional destacou o aumento da procura por parte do mercado estrangeiro, explicando que estes clientes pretendem sobretudo “imóveis nas aldeias, na ordem dos €50.000 a €100.000, os quais muitas vezes necessitam de obras de reparação ou de recuperação”.

Também João Pimenta, diretor comercial da ERA Santarém, que atua sobretudo nos concelhos de Santarém, Almeirim e Alpiarça, nota este aumento de procura por estrangeiros e confirma que “pretendem sobretudo quintinhas mais pequenas, para depois fazer as suas próprias obras”, especialmente entre €70.000 e €80.000. As moradias são também um produto procurado, com preços que em média rondam os €200.000 revelou João Pimenta, para quem a maior dinâmica do mercado estrangeiro na região de Santarém tem sido influenciada pelo Regime de Residente Não-Habitual. Daniel Ferreira acrescenta que “tivemos este ano, um aumento de pedidos de imóveis que se enquadram no regime do Golden Visa”.

Também para Carlos Nunes, responsável de vendas retalho sul da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, Banco que tem atualmente em curso uma campanha de imóveis neste Distrito, a “sua localização geográfica próxima de Lisboa, posiciona-o, em termos imobiliários, quer para o mercado local (para habitação, comércio e serviços), quer para o mercado de 2ª habitação”, especialmente para quem “procura um espaço que funcione como escape para o stress da semana na grande cidade”. Na sua perspetiva, a região ribatejana “tem mesmo vários pontos de interesse”. O clima, a gastronomia, a tradição equestre, a herança templária, mas também a segurança, tranquilidade e os serviços são fatores que, na opinião destes profissionais, têm contribuído para a atração de mais estrangeiros, notando ainda que a região está a apenas uma hora do aeroporto de Lisboa. 

Aliás, “tendo noção das caraterísticas da região, cedo percebemos que a nossa oferta poderia responder quer a uma procura local para uma utilização particular, quer para uma utilização mais industrial ou mesmo turística”, diz Carlos Nunes. E, ao longo dos últimos anos, o Banco “sempre teve na sua carteira de imóveis para venda neste Distrito uma oferta diversificada”, incluindo desde apartamentos a espaços comerciais, de serviços, armazéns e industrial, moradias e quintas, além de terrenos agrícolas ou para construção. Neste momento, e até final de novembro, o Banco tem em oferta a preços promocionais um total de 150 imóveis neste Distrito, dos quais 51% de uso habitacional, 22% de comércio/serviços e 27% distribuídos por outros segmentos, com especial peso dos concelhos de Santarém, Ourém, Entroncamento e Benavente.

A campanha, denominada Mês das Oportunidades, prevê ainda um desconto adicional de 5% se os imóveis forem comprados durante a ação, até final de novembro, e escriturados até final de dezembro”. Para Carlos Nunes, “há excelentes oportunidades nos vários segmentos”, mas a expectativa é que “o mercado reaja a esta campanha não apenas pelos imóveis em si, como também pelas condições que o Banco disponibiliza para a sua aquisição”, nota.

O responsável espera mesmo “um resultado muito mais forte que em anteriores ações” e desafia o público a “analisar esta nossa oferta e a contactar os nosso parceiros para visitarem os imóveis”, estando convicto que “serão surpreendidos pela oferta que temos”.

Preços dos imóveis ainda descem

De acordo com os agentes contactados, os níveis de procura no mercado imobiliário na região de Santarém têm vindo a aumenta em todos os segmentos, mas, conforme explica João Pimenta, a oferta também tem crescido e os preços continuam ainda em ligeira descida, embora “estejamos já próximos do ponto de inversão”. Dados da Confidencial Imobiliário mostram que os preços das casas no concelho de Santarém desceram 3,9% no 2º trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado. A mesma entidade apurou, para o segmento não residencial no Distrito de Santarém no 2º trimestre de 2014, uma queda homóloga de 1,7% nos preços das lojas e, em sentido contrário, uma valorização homóloga de 1,6% nos imóveis de uso industrial. 

Para Daniel Ferreira ”o mercado não habitacional tem estado em linha com o ano passado, com um ligeiro crescimento”, revelando que “tivemos um pico de procura nos meses de abril e maio”. João Pimenta explica, por seu turno, que “há um aumento da oferta não residencial devido ao encerramento de empresas”, acrescentando que “quem tem absorvido os imóveis não residenciais são precisamente outras empresas, que muitas vezes estavam em espaços arrendados e que avançam agora para a compra do seu próprio espaço”.

Fonte: Público Imobiliário

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