No último ano esta zona de Lisboa subiu duas posições no ranking mundial. Para ter uma loja no Chiado é preciso desembolsar qualquer coisa como €1.100 por cada metro quadrado (m2), ao ano.
Parece muito e, na verdade, para o mercado português é a zona comercial mais cara de todas. Contas feitas pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) indicam, porém, que na 5ª Avenida, em Nova Iorque, o custo da renda por metro quadrado ascende a €29.822, o que coloca aquela famosa artéria no topo das zonas comerciais a nível mundial.
Em segundo lugar fica a Causeway Bay, em Hong Kong (€23.307/m2/ano) e os Campos Elíseos, em Paris (com uma renda de €13.255/m2/ano).
A zona do Portal de l'Angel, em Barcelona, com uma renda de €3240/m2/ano é a zona mais cara de Espanha, segundo a análise da C&W.
Localizações mais caras são as mais disputadas
A nível global, as rendas prime (mais disputadas) de retalho subiram em média 2,4% nos últimos 12 meses. A C&W adianta que "os valores das rendas em 277 localizações das 330 monitorizadas no estudo deste ano aumentaram ou mantiveram-se estáveis".
Em relação ao comércio de rua, nomeadamente na cidade de Lisboa, os analistas da C&W garantem que se mantém a evolução positiva dos últimos anos. "Em 2014 a capital voltou a registar uma subida de dois lugares no ranking mundial das ruas de retalho. Lisboa ultrapassou em 2014 a cidade de Varsóvia e o mercado de rua da Cidade do Cabo, na África do Sul".
De acordo com Marta Costa, diretora do departamento de pesquisa da C&W, "estes resultados refletem a crescente atratividade das ruas de comércio lisboetas que são cada vez mais alvo de grande interesse por parte de retalhistas, na sua maioria internacionais, nos setores de luxo ou gama alta".
Esta tendência teve, aliás, "um efeito positivo nas rendas de comércio de rua de Lisboa, que em 2014 voltaram a registar uma nova subida, na ordem dos 3%. Atualmente os espaços prime nas principais zonas de comércio de Lisboa situam-se nos €92,5/m2/mês no Chiado e nos €82,5/m2/mês na Avenida da Liberdade. No Porto, nomeadamente na zona dos Clérigos, o aumento na procura foi também retratado por um incremento das rendas na ordem dos 5%, situando-se hoje nos €55/m2/mês".
O cada vez maior fluxo de consumidores nos centros das cidades de Lisboa e Porto "tem sido em grande parte impulsionado pelo aumento do número de turistas nestas zonas", o que, segundo a C&W é o reflexo da excelente performance do sector turístico em Portugal nos últimos anos. Por consequência, o aumento da procura de espaços comerciais é também um resultado deste maior fluxo de turismo.
Fonte: Expresso
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