01 novembro 2014

Sete das dez maiores marcas de luxo da Europa já estão na Avenida da Liberdade


A Avenida da Liberdade, em Lisboa é atualmente “o destino de compras de luxo em Portugal, recebendo cada vez mais marcas vocacionadas para o consumidor deste tipo de artigos”, explica a JLL. De acordo com a consultora, a avenida mais cara do país conta já com sete das dez maiores marcas de luxo da Europa.


De acordo com a JLL, no seu estudo “Lisbon Street Shopping: A afirmação do comércio de rua em Lisboa”, este eixo conta atualmente com cerca de 60 marcas ao longo dos seus 1.000 metros de comprimento e, entre estes, contam-se sete das dez maiores marcas de Luxo presentes na Europa.

Os estrangeiros, principalmente os de origem brasileira, chinesa, russa e angolana, são os principais compradores de bens de luxo na Avenida da Liberdade, gastando em média 871 euros, diz a JLL, sublinhando ainda que o turismo tem sido uma das alavancas mais importantes para o comércio de rua e, em concreto para os bens de luxo, cuja procura é feita essencialmente por estrangeiros.

Para Patrícia Araújo, head of Retail da JLL Portugal, “é interessante notar que temos hoje, em Lisboa, cada vez mais zonas de compras demarcadas e consolidadas, nas quais cada segmento encontrou o seu lugar e o seu target. A avenida da Liberdade é a morada de eleição do luxo, com uma presença cada vez maior de reconhecidas cadeias internacionais, motivada em parte pela crescente procura de estrangeiros de origem brasileira, chinesa, russa e angolana”.

Acrescenta ainda que, "estas marcas de luxo optam, cada vez mais, por uma presença direta", explicando que "se antes da entrada de Portugal na moeda única (2002), os artigos de luxo eram essencialmente vendidos em lojas multimarca, como são os casos da Stivali, Loja das Meias ou Rosa & Teixeira, atualmente 63% do comércio de luxo tem loja própria na Avenida da Liberdade". Atualmente encontram-se disponíveis cerca de 4.800 m2 de áreas comerciais nesta avenida, e os preços continuam a subir.

O estudo da JLL sublinha que a procura por parte das grandes marcas internacionais tem crescido nos últimos anos neste destino, onde 53% dos lojistas presentes são atualmente de origem estrangeira. Esta procura tem feito aumentar a lista de espera para conseguir um espaço, e apesar das alterações à Lei do Arrendamento (em 2012) terem aberto uma janela de oportunidade por parte da oferta, esta continua a ser insuficiente face à procura que tem surgido, mas que a JLL considera baixa e que, associada à crescente procura, deverá ter um impacto em alta nas rendas prime, que se situam atualmente nos 75 euros/m2/mês.

O setor de moda/acessórios é o que tem maior peso na oferta desta artéria, concentrando 54% da área ocupada. Na oferta deste tipo de artigos, o segmento de luxo tem um peso de 55%, seguindo-se os artigos premium, com 37%. Do total de área ocupada, outros 25% são para restauração, com uma oferta que integra desde os ambientes mais requintados aos mais modernos e descontraídos, sobretudo dirigidos aos executivos que trabalham naquela que é a principal zona de escritórios da cidade, e aos turistas, que também aqui encontram os principais hotéis 5 estrelas de Lisboa. A relojoaria e joalharia concentram 11% da área ocupada, conjugando joalheiros tradicionais portugueses com as insígnias de renome internacional.

Até final do ano são ainda esperadas cinco novas lojas na Avenida da Liberdade, nomeadamente da Fendi Casa Collection, Guess, Boutique dos Relógios Plus, Hugo Boss e Hackett, que elevará para 10 o número de aberturas este ano.
Fonte: Revista Distribuição hoje

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