Descida da taxa Euribor a seis meses, usada para calcular o empréstimo à habitação, para mínimos históricos permitiu um alívio aos portugueses. A taxa Euribor a seis meses, o indexante mais usado em Portugal no crédito à habitação, registou um ano de fortes quedas, o que permitiu às famílias portuguesas ainda a pagar a casa ao banco uma poupança que em 2014 ultrapassa os 100 euros.
É que se em dezembro de 2013 se pagava 324 euros mensais por um empréstimo para habitação de 100 mil euros a trinta anos com um spread de 0,7 por cento, esse mesmo contrato refletiu as várias descidas da Euribor e em dezembro deste ano a prestação estava nos 316 euros. É uma quebra superior a 8 euros mensais que, feitas as contas, permitiu uma poupança de 107 euros em 2014 aos portugueses.
A Euribor a seis meses registou uma quebra de 55,3 por cento ao longo do ano e está agora no valor mais baixo de sempre. Se a média deste indexante a seis meses estava nos 0,371 por cento em dezembro de 2013, no mesmo mês de 2014 a taxa fixou-se nos 0,178 por cento. Os valores baixos devem manter-se ao longo de 2015, pelo que a fatura dos portugueses com o empréstimo para a compra de casa pode descer ainda mais.
Ainda assim, só os contratos mais antigos beneficiam na totalidade desta quebra da Euribor, por ainda gozarem de spreads – a margem fixa de lucro do banco – baixos. Os contratos mais recentes, feitos durante a presença da troika no País em que os bancos registaram dificuldades em financiarem-se nos mercados, refletem esse custo com spreads de 2 por cento ou mais. Situação que anula a poupança possível com a descida dos indexantes.
O saldo médio em dívida dos portugueses no crédito à habitação situou-se, em novembro, nos 56 793 euros.
Fonte: CMJ
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