08 janeiro 2015

Lojas de rua: Rendas na Avenida da Liberdade e Chiado nunca estiveram tão altas


As rendas das lojas da Avenida da Liberdade e do Chiado aumentaram 2,50 euros, por mês e por metro quadrado, no primeiro semestre de 2014, face aos valores praticados no final do ano passado. Já eram as mais caras da cidade, mas agora atingiram o valor mais alto de sempre. Até na Baixa, que ainda é dominada por lojas tradicionais e com rendas antigas, se registou uma subida semelhante, o que alguns agentes do mercado consideram uma estreia.


Assim, segundo um estudo da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, na Avenida da Liberdade as rendas mensais por metro quadrado (m2) estão agora nos 82,5 euros, e no Chiado chegam aos 92,5 euros.

Aliás, de acordo com um estudo de outra consultora, a JLL, no Chiado as rendas estão já nos 95 euros e com tendência para subir até aos 100 euros/mês/m2, repara a responsável de retalho da JLL, Patrícia Araújo.

Quer isto dizer que uma loja de tamanho médio, com 100 m2, pagará agora 8250 euros por mês na Avenida e entre 9250 e 9500 euros mensais no Chiado. Mas a realidade que a maior parte das lojas são muito maiores, por exemplo, na Avenida, a Prada tem 650 m2 e, no Chiado, a Nike tem 410 m2.

Já na Baixa, segundo a Cushman, o aumento foi também de 2,50 euros, estando agora nos 52,5 euros por mês e por metro quadrado. Mas para JLL a subida de preços foi de cinco euros, passando de 50 para 55 euros.

"A Baixa estava um pouco parada e no último ano, desde que o Terreiro do Paço foi reabilitado, sentiu-se um aumento da procura e já há lojas antigas a serem substituídas por lojas novas", até porque só há 1345 m2 disponíveis, disse Patrícia Araújo ao Dinheiro Vivo.

Aliás, para a mesma responsável, "a Baixa tem uma grande capacidade para crescer porque há lojas e marcas antigas na Rua Augusta, Rua da Prata e Rua do Ouro que se podem substituir". Isto foi, aliás, o que se passou na Avenida da Liberdade, onde por exemplo, o histórico restaurante Bela Ipanema, ao lado dos cinemas São Jorge, está a ser transformado numa Hugo Boss.

Contudo, repara Patrícia Araújo, na Avenida o processo foi mais rápido porque havia muitos edifícios degradados e vazios que foram e estão a ser reabilitados e onde há sempre espaço para novas lojas.

É por isso que a responsável acredita ainda haver espaço para mais lojas na Avenida da Liberdade, até porque continua a haver muita procura por parte das marcas e "a lista de espera tem aumentado".

No total, de acordo com o estudo desta consultora a que o Dinheiro Vivo teve acesso, há 4800 m2 de área disponível nesta rua, onde 30 mil m2 estão já ocupados com lojas.

O mesmo não se passa no Chiado, onde há 3.200 m2 de lojas livres mas não há já espaços para reabilitar e arrendar, ou na rua Castilho, onde há zero m2 disponíveis e já não há sequer "lojas com montras viradas para a rua", pode ler-se no estudo.

Fonte: Dinheiro Vivo

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