O grupo decidiu apostar na MAP Engenharia, empresa com foco na reconversão de imóveis diversos. Uma empresa jovem, mas liderada por uma equipa de gestão com percurso feito em algumas das maiores empresas de construção civil do país e em rutura com as más práticas do passado no sector. Foi com este perfil que a MAP - Engenharia, criada este ano, cativou o The Edge Group, de Miguel Paes do Amaral e José Luís Basto, para investimentos que pretendem, já em 2015, multiplicar por três o milhão de euros de faturação previsto para este ano - na área da requalificação e reconversão de edifícios -, tendo em vista chegar aos €15 milhões em cinco anos.
Num sector abalado pela crise económica que levou ao desmoronar de inúmeras empresas de construção, mas também pela desconfiança de quem encomenda as obras por causa de prazos e orçamentos demasiadas vezes incumpridos, a aposta tinha de ser radicalmente nova.
Este foi, pelo menos, o entendimento dos dois sócios-fundadores da MAP, José Rui Meneses e Castro e Diogo Abecasis, que cimentaram estes alicerces teóricos com a faceta prática de uma larga experiência profissional em grandes empresas do setor (Somague ou Mota-Engil, por exemplo). Obtiveram, assim, uma empresa simultaneamente nova e experiente, pequena, com know how. Um perfil que caiu como tijolo na massa nos planos da Edge Capital, o ramo de capital de risco do The Edge Group (TEG), que passou a deter 50% da MAP, disponibilizando-se a fazer suprimentos consecutivos até €1 milhão.
"Apesar de ser uma empresa nova, é composta por pessoas já com bastante experiência em projetos de dimensão relevante, tendo, ao mesmo tempo, uma dinâmica e uma capacidade de empreendedorisrno que, acreditamos nós, fará crescer esta pequena empresa até se tornar numa referência nesta área em relativamente pouco tempo", explicou José Luís Pinto Basto. revelando que o alvará atual permite realizar obras até €2,6 milhões, valor que "pode vir a ser aumentado à medida que a empresa for crescendo".
Admitindo que o grupo foi "aliciado" por muitas empresas, maiores e mais conhecidas no mercado, aquele responsável frisou que para nós fez sempre muito mais sentido entrar numa empresa sem lastro do passado e com uma grande capacidade de crescimento". Na verdade, é o típico modus operandi do TEG: "Gostamos de investir em contraciclo e quando ninguém mais o faz, por ser precisamente nestas alturas que se encontram as melhores oportunidades".
Sem dores de cabeça
Com sede no Leap Center do Centro Empresarial - Espaço Amoreiras do TEG, a MAP tem a ambição de "criar um novo paradigma" para a construção civil.
"A construção tem de ser encarada como um serviço e queremos que esse serviço não seja sinónimo de dores de cabeça para quem o contrata como era frequente acontecer no passado", diz José Meneses e Castro. A solução passa por "ter uma gestão contratual e de execução das empreitadas eficazes com os clientes e de uma forma em que todos os procedimentos estão devidamente clarificados desde o início". Mas também ter uma agilidade de gestão capaz de se "adaptar ao fator que é mais valorizado por um promotor imobiliário em cada obra em concreto, seja a necessidade de cumprir prazos, o orçamento que não pode ser ultrapassado...".
A MAP está habilitada para "a construção, remodelação e reabilitação de todo o tipo de edifícios, vocacionada tanto para obras de rápida intervenção, como para obras de grande envergadura, abrangendo todo o território nacional". Nas obras realizadas, sobretudo no segundo semestre de 2014. contam-se "diversas reabilitações em edifícios residenciais, o supermercado Brio nas Picoas (Lisboa) e a loja portuense de vestuário Labrador (ambos pertencentes ao grupo TEG), a ampliação de um colégio internacional em Cascais ou a remodelação das instalações logísticas de urna farmacêutica.
Como parte da estratégia diferenciadora da MAP - Engenharia, José Meneses e Castro destaca o alcance da emissão de um certificado de garantia pós-obra.
"Geralmente, as pessoas nem sabem qual foi a empresa que lhes construiu a casa, mas sabem qual é a marca da sua máquina de café. Ora, o que pretendemos é estabelecer uma espécie de selo de garantia que assegure que uma obra executada pela MAP será um ativo que se valorizará sempre mais do que outros - que até podem parecer iguais na fotografia - porque se trata de uma empreitada que cumpriu integralmente as melhores regras de construção e as boas normas de qualidade e de execução".
A altura também é considerada um aliado do projeto, segundo os seus responsáveis: "Com as grandes empresas de referência focadas na expansão internacional e o segmento das médias empresas assolado por planos especiais de revitalização e insolvências consecutivas, sendo que praticamente todas as empresas que atuam no mercado têm graves problemas do passado para resolver, esta é uma boa altura para trazer a uma pequena empresa o nível de profissionalismo e de organização que é encontrado tipicamente nas grandes empresas", destaca José Meneses e Castro.
Fonte: Expresso
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