28 fevereiro 2015

Preços das casas sobem pela primeira vez desde o início do programa de resgate


Os resultados do RICS/Ci PHMS de Janeiro de 2015 começam a sugerir o surgimento de uma recuperação dos preços das casas, suportada por um acréscimo sustentado da confiança no mercado. No sector de arrendamento, por enquanto as rendas continuam a cair, embora as expetativas dos respondentes do inquérito apontem para uma tendência mais estável no futuro.


No mercado de compra e venda, a procura continua a aumentar, com o ritmo de melhoria a acelerar ligeiramente ao longo do mês. Entretanto, as vendas continuam a aumentar, estendendo-se uma série positiva ininterrupta que remonta a fevereiro de 2014. Além disso, as expetativas dos inquiridos relativas a vendas são agora mais elevadas do que em qualquer outro momento ao longo dos últimos quatro anos.

Ricardo Guimarães, Diretor da Ci, nota que será, contudo, “necessária uma série sustentada de dados positivos antes que se esteja em posição de falar de uma verdadeira recuperação dos preços”.
Significativamente, após oito meses a aguentarem-se mais ou menos estáveis, de acordo com o reportado os preços das casas aumentaram (marginalmente) pela primeira vez desde que o inquérito foi lançado em 2010. Olhando para o futuro, espera-se que os preços continuem a subir ao longo dos próximos 3 meses. Contudo, será necessária uma série sustentada de dados positivos antes que se esteja numa posição em que se possa falar de uma recuperação genuína.

Ao nível regional, os preços estão agora a crescer quer em Lisboa quer no Algarve, mas têm-se mantido mais ou menos estáveis no mercado do Porto.

Dada a melhoria do mercado, o índice de confiança nacional (uma medida composta dos preços e expetativas de vendas) atingiu um novo máximo, subindo para +32.

Ricardo Guimarães, Director da Ci, acrescenta ainda que “Apesar de o volume de novo crédito cedido ser ainda reduzido, foi reportado por vários agentes imobiliários que os bancos estão agora mais positivos em relação ao mercado. Alguns possuem já campanhas comerciais, anunciando spreads mais reduzidos. Este pode ser o elemento em falta para alargar a recuperação que se localiza principalmente em Lisboa.”

No sector de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários continua a aumentar gradualmente, sendo que o volume de instruções por parte dos proprietários está a diminuir. No entanto, as rendas continuam ainda em queda, sendo que os respondentes esperam que surja uma tendência mais estável nos próximos meses.

Para Josh Miller, Economista Sénior do RICS, “O mercado imobiliário português alcançou um marco importante em Janeiro, com os preços a subir pela primeira vez desde que surgiu o programa de resgate do país. Se esta tendência pode ser ou não sustentada depende da recuperação económica no geral. Deste lado mantemo-nos otimistas, mas permanecem ainda riscos consideráveis.”

Fonte: Ci/RICS

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