Reabilitação é uma das palavras que mais tem sido repetida quer no setor imobiliário quer nos discursos governamentais nos últimos 3 anos. Por um lado, a indústria imobiliária, e todos os setores satélite que giram em seu redor, têm visto neste movimento uma área de negócio, que de alternativa passou mesmo a ser, para muitas entidades, o principal foco de atividade.
Por outro lado, o próprio Governo assume, com a tomada de diversas medidas e implementação de instrumentos legislativos próprios, que reabilitar é o caminho atualmente mais viável e sustentável para as políticas de ordenamento do território e para a revitalização das cidades.
Mas mais do que uma perspetiva económica, que não deixa de ser obviamente importante, é preciso que todos os que intervêm na reabilitação, incluindo o setor imobiliário e complementares e as entidades públicas responsáveis, tenham uma visão de longo-prazo e uma amplitude que também tem de ser social. Quer isto dizer que é preciso apostar numa reabilita- ção para todos, porque só assim é possível efetivamente devolver vida às cidades e reenergizar os centros urbanos que há tanto tempo estão abandonados em várias cidades portuguesas. É preciso reabilitar para turismo, é preciso reabilitar para lazer, é preciso reabilitar para dinamizar serviços e habitantes profi ssionais, e é preciso reabilitar para residentes... Residentes de várias classes de rendimentos e de várias faixas etárias, porque só assim, com bairros diversos e inclusivos, as cidades podem voltar a ganhar vida.
Por Miguel Franco, Administrador da Schmitt+Sohn
Fonte Público Imobiliário
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