A procura de casa para comprar voltou a superar a procura para arrendamento, uma situação que já se vinha a verificar desde o final do ano passado, revela a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, referentes às pesquisas no Portal Casa Yes durante o primeiro trimestre do ano, a percentagem de interessados em comprar casa foi de 50,3% e a de interessados em arrendar foi de 47,5%.
Uma pequena diferença que se explica pela ligeira melhoria da economia, pela crescente procura internacional e pelo facto das rendas continuarem altas.
"Este fenómeno justifica-se essencialmente pela melhoria da economia portuguesa, que apesar de lenta, confere ao mercado de consumo uma maior confiança para investimentos tão importantes como é a compra de casa. Este fator, aliado à crescente procura internacional e à retoma da atribuição de crédito à habitação por parte das instituições bancárias, faz com que os portugueses tornem a olhar para a aquisição como um bom investimento. Por outro lado, os preços do arrendamento continuam a não ser competitivos quando comparados com o valor da prestação de crédito à habitação", diz em comunicado, o presidente da APEMIP, Luís Lima, Presidente da APEMIP.
É por isso que, para este responsável, o arranque de 2015 mostra um mercado imobiliário "animado" e "risonho" que "segue a tendência positiva de 2014".
Maioria quer casas de 75 a 125 mil euros
De acordo com os dados da APEMIP, a maioria das pesquisas efectuadas no Portal Casa Yes para compra de casa incidiram nos já habituais T2 e T3 e em valores que oscilam entre 75 e 125 mil euros (28,4%), intervalo onde também existe mais oferta.
Apenas 18.5% das pesquisas foram direcionadas para valores iguais ou inferiores a 75 mil euros e 21,7% para preços entre 125 e 175 mil euros.
No arrendamento, a procura continua muito focada nas rendas mais baixas o que não corresponde de todo à oferta disponível no mercado e daí a diminuição dos negócios de arrendamento.
Nas pesquisas efetuadas no portal Casa Yes no primeiro trimestre deste ano, a procura direcionada para o arrendamento foi de 39,6% para valores inferiores a 300 euros, mas apenas 19,8% da oferta tem estes preços.
As casas para arrendar que mais existem no mercado - precisamente 41,3% - têm, neste momento, rendas entre 300 e 500 euros, mas apenas 38,1% da procura está focada nesse valores.
Há ainda uma parcela de 15,3% de casas com rendas entre 500 e 750 euros, mas apenas 13,1% dos interessados as procura.
Fonte: Dinheiro Vivo
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