Portugal e Espanha são mercados prioritários para a Century 21 na Europa. A empresa norte-americana de mediação imobiliária vê o sul da Europa como o pilar estratégico da marca. Em entrevista ao programa Grandes Negócios, do Etv, Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, admite que "Portugal está na moda para países como França, Bélgica e Inglaterra, mas também para países asiáticos, como a China e outros países, seja pelos vistos ‘gold' seja pelo programa de incentivos fiscais a residentes não habituais".
O responsável da Century 21 reconhece que "o que tem atraído mais pessoas a Portugal acaba por ser incentivos fiscais, mas depois ficam por muitas outras razões e isso tem sido decisivo para o arranque do mercado imobiliário" depois da crise económica.
Mas a procura internacional não é o único factor que explica o crescimento de 38% da facturação da rede de mediação mobiliária em Portugal no primeiro trimestre deste ano. Segundo Ricardo Sousa, "2015 marca o regresso da classe média/baixa ao mercado imobiliário e a procura está a alargar-se a capitais de distrito, a várias povoações dentro da área metropolitana de Lisboa, na margem sul, na linha de Sintra, no corredor norte, como concelho de Loures e Odivelas. E por aí se vê que é novamente o mercado português a puxar pelo sector e pela economia".
O crédito a habitação está a voltar, os ‘spreads' a baixar e a Euribor está em mínimos históricos. Estão as condições reunidas para as famílias portuguesas voltarem à procura de casa para comprar, depois de 2014 ter marcado o início da queda do mercado de arrendamento. Apesar do número de transacções ter aumentado, Ricardo Sousa alerta que "não podemos esperar para os próximos meses o aumento do valor dos imóveis. Nesta altura, o valor médio de uma transacção está nos 129 mil euros.
Além do bom desempenho do mercado português, a operação nacional da Century 21 ficou também com os direitos da marca para o mercado espanhol em 2010, quando o grupo espanhol Globalia quis concentrar-se na actividade turística. Segundo Ricardo Sousa, o mercado ibérico é agora o principal foco da empresa. Em Portugal, há mais de 70 agências e em Espanha, onde o mercado imobiliário é muito maior, há 35.
A direcção portuguesa é ainda responsável pelas operações em Cabo Verde e Angola. O administrador explica que o mercado cabo-verdiano foi "pensado para o mercado internacional e está agora a retomar depois de um período mais complicado com a crise económica mundial.
Moçambique está também nos planos da Century 21 mas "é um sonho que precisa de mais um sonhador", o que quer dizer que falta um parceiro estratégico para lançar o negócio.
Fonte: Económico
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