03 maio 2015

O maior centro comercial do país vai crescer ainda mais


O plano de revitalização do centro comercial Dolce Vita Tejo já está a ser delineado pelo Eurofund, o novo proprietário. Zonas até então fechadas vão passar a ser ocupadas. É o maior centro comercial do país, com 280 lojas, 34 restaurantes e 9000 lugares de estacionamento. Com 104 mil m2 de área bruta locável, o Dolce Vita recebeu no ano passado cerca de 15 milhões de visitantes, um número 'modesto' para a dimensão que tem e que o Eurofund - fundo de origem espanhola e anglo-saxónica que adquiriu recentemente o shopping à Chamartín Imobiliária - espera aumentar para 18 milhões dentro de dois anos.


A estratégia para criar um novo polo de centralidade passa por assegurar atividades diárias, com reforço ao fim de semana e que vá além da ida às compras ou ao cinema. Sempre com o objetivo de prolongar a estada do visitante no local. "Vamos estabelecer parcerias com associações culturais e desportivas de forma a que todos os dias existam atividades interessantes para as famílias. E isso passa, por exemplo, por realizar um torneio de futebol de salão ou uma competição de taekwondo, entre outras atividades", especifica Salvador Arenere, diretor de comunicação do Eurofund Investments, que esteve recentemente em Portugal para definir as linhas de orientação do Dolce Vita Tejo, juntamente com a Pragma, sociedade de gestão de ativos criada pelo grupo Chamartín, responsável por 11 centros comerciais e que irá manter também a ligação ao Dolce Vita.

Portugal tem "cultura de centro comercial"

Proprietário do Puerto Venecia, em Saragoça, um shopping resort premiado dentro e fora de Espanha (foi considerado o melhor centro comercial do mundo pelo MAPIC, a maior feira do sector, que se realiza em Cannes), o Eurofund quer replicar o conceito em Portugal de prolongamento da permanência do visitante no espaço comercial. Com a vantagem de que por cá existe desde logo a aliciante dos horários alargados. "Portugal tem não só 'cultura de centro comercial' como existe liberdade de horários o que permite aos nossos operadores aumentarem as vendas e a sua rentabilidade. Em Espanha, por exemplo, só podemos abrir 12 feriados ao longo do ano".

Preferindo não entrar em grandes pormenores sobre a forma como irão ser gastos os €70 milhões disponíveis para a reestruturação do centro, Salvador Arenere adiantou, contudo, que há espaços anexos ao perímetro do centro, que sempre estiveram fechados (desde a abertura do shopping, em 2009) e que agora passarão a ter utilidade, prevendo-se ainda um melhor aproveitamento da grande praça coberta na entrada do edifício. 

"Em Saragoça temos um rocódromo (ginásio indoor que inclui atividades como a escalada) e esta é uma hipótese que está em cima da mesa. Outra é a pista de gelo que no Natal já é utilizada pelas crianças mas que poderia passar também a incluir competições e exibições de patinagem artística. Queremos que a vinda ao centro se torne uma visita experiencial", resume o responsável. 

Tal como acontece no Puerto Venecia, que até já faz parte do roteiro turístico de muitos estrangeiros que passam férias não só em Saragoça mas em outras localidades da região de Aragão, onde se integra Saragoça. Considerado o maior shopping da Europa, o Puerto Venecia tem uma área total de 206.000 m2²e além de várias lojas-âncora como o Corte Inglès, Hipercor, Zara ou Primark, tem ainda uma grande variedade de espaços de lazer. Aqui incluem-se, entre outros, um lago para passeios de barco, um ginásio, uma zona para escalada e outras atividades desportivas, bem como o Neverland, premiado recentemente como o melhor centro de entretenimento familiar do mundo pela International Association of Amusement Parks and Attractions.

"O Puerto Venecia é atualmente o primeiro destino turístico de Aragão com 6 milhões de turistas (de um total de 18 milhões de visitantes) no ano passado. Temos turistas russos e chineses que até nos chegam da costa da Tarragona - uma viagem de duas horas e meia - e passam cá todo o dia. Para se ter uma ideia da dimensão deste número, o turismo religioso atrai apenas 1,5 milhões de turistas", diz Salvador Arenere, acrescentando que o boom turístico em Portugal é outra mais-valia a explorar pelo Dolce Vita.

Fonte: Expresso

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