13 maio 2015

Venda da Herdade da Comporta arranca na próxima semana


Comprador será escolhido até ao final de Junho. Clearwater vai auditar processo de venda. O processo de venda da Herdade da Comporta vai arrancar na próxima semana, com o envio dos convites a potenciais interessados, pelo BESI. A fase de propostas não vinculativas deverá ter lugar até ao final de Maio, prevendo-se que o comprador seja escolhido até ao fim de Junho, adiantaram as mesmas fontes.


A Deloitte está a concluir a ‘due dilligence' aos activos que serão vendidos e que, segundo notícias da imprensa, poderão valer até 400 milhões de euros. Mas não é a única auditora envolvida no processo: tal como o Diário Económico noticiou, o tribunal do Luxemburgo quis "blindar" ao máximo o processo de venda deste emblemático activo do antigo Grupo Espírito Santo (GES), através da contratação de um auditor que vai fiscalizar a operação. Este auditor será a firma britânica Clearwater Finance. 

O objectivo é assegurar aos investidores que o processo é conduzido com máxima transparência, passando a pente fino as actuações do banco de investimento BESI, do escritório de advogados PLMJ, da auditora Deloitte e das restantes entidades envolvidas no processo.

Em preparação estão duas operações de venda que vão decorrer em simultâneo, mas serão independentes entre si. Trata-se da alienação das participações de 59% que a Rioforte detém na Herdade da Comporta - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado e na sociedade Herdade da Comporta. O resto do capital dos dois veículos é detido pela sociedade Nelia (15%) e por vários investidores privados, alguns deles pertencentes à família Espírito Santo.

Como o processo vai decorrer em simultâneo, mas em separado, poderá suceder que um dos concorrentes compre a participação da Rioforte no Fundo, enquanto outro fica com a posição na sociedade Herdade da Comporta. Ou pode suceder que o mesmo comprador fique com as duas participações. Mas serão ofertas em separado e não haverá desconto para quem comprar as duas posições.

A administração judicial tem duas prioridades: a primeira é assegurar que os activos da Comporta não perdem valor, prejudicando os credores; a segunda, é garantir que o processo de venda é "à prova de bala", com máxima transparência e de modo a permitir um processo concorrencial e sem "ruído", de modo a evitar que alguns investidores se afastem. 

Até à data, sabe o Diário Económico, houve várias manifestações de interesse por parte de grupos americanos, chineses, finlandeses e brasileiros, bem como de investidores do Reino Unido e de outros países europeus. Mas não houve interesse, ainda, de grupos portugueses. Um dos interessados é o grupo americano Armory Merchant, de Asher Edelman, que assegurou uma opção de compra da dívida de 100 milhões de euros da Comporta à Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o banco público ainda não vendeu esse crédito. Na sexta-feira, foi noticiado pelo jornal ‘Observador que a CGD é a maior credora de três empresas do Grupo Espírito Santo em Portugal (excluindo as holdings ESI e Rioforte), tendo a receber cerca de 400 milhões de euros.

Fonte: Económico

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