
O BCP e o Barclays juntam-se em Julho aos seis bancos que já publicitavam ‘spreads’ mínimos inferiores a 2%. O arranque do mês de Julho voltou a ser marcado por novas revisões em baixa de ‘spreads' do crédito à habitação, desta vez por parte do BCP e do Barclays. Pela terceira vez desde o início do ano, o banco liderado por Nuno Amado baixou a margem mínima de ‘spreads' que foi agora fixada nos 1,7%, aquém dos anteriores 2%. Já o Barclays desceu tanto o valor mínimo como máximo cobrado, que passou para um intervalo entre 1,9% e 5,7%.
A descida da margem mínima por parte do BCP faz elevar para mais de 80% a proporção do mercado que se disponibiliza a conceder crédito à habitação com ‘spreads' inferiores a 2%. Estes cálculos têm em conta a representatividade dos maiores bancos a operar em Portugal face ao total do crédito à habitação existente no final de 2014.
De acordo com os respectivos relatórios e contas, os cinco maiores bancos a conceder crédito à habitação em Portugal - Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, BPI e Novo Banco - tinham conjuntamente em carteira, no final do ano passado, um total de 84.250 milhões de euros em empréstimos com esse fim. Este montante corresponde a 83% do total de 101.664 milhões de euros de crédito à habitação existente no final de 2014, segundo os dados do Banco de Portugal.
Qualquer um desses bancos publicitam actualmente nos seus preçários margens mínimas de ‘spreads' inferiores a 2%.
Para além dessas cinco instituições, o Barclays, o Crédito Agrícola e o Popular, também oferecem valores abaixo dessa fasquia. O Crédito Agrícola é a instituição que publicita a margem mínima de ‘spread' mais baixa do mercado - 1,7% -, mas que se aplica apenas no financiamento a jovens entre os 18 e os 30 anos. Para idades superiores, o ‘spread' mínimo é de 1,8%. Tirando essa situação, os dois maiores bancos lusos - a CGD e o BCP - são os que publicitam o valor mais baixo: 1,75%.
Seguem-se o Santander Totta, com um custo de 1,79%, e o Barclays e o Popular, que cobram um mínimo de 1,9%. Já o Novo Banco e o BPI têm ‘spreads' mínimos de 1,95%.
Do lado oposto, o BBVA apresenta o ‘spread' mínimo mais elevado do mercado - 4% -, a que se seguem o Banif e o Deutsche Bank em que o custo mínimo é de 2,5%.
A onda de revisões em baixa de ‘spreads', verificada desde o início do ano, sinaliza a maior abertura da banca para conceder crédito para a finalidade de aquisição de casa que já está a reflectir-se nos montantes concedidos. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, nos primeiros quatro meses do ano, os bancos nacionais concederam um total de 992 milhões de euros em novo crédito à habitação. Este valor representa um crescimento de 48% face ao mesmo período do ano passado e é também o mais elevado dos últimos quatro anos.
Fonte: Económico
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