01 julho 2015

Tóquio é o mercado de retalho mais apetecível do mundo


Tóquio é atualmente a cidade mais atrativa no que respeita à expansão de retalhistas. A capital nipónica atraiu 63 novas marcas do setor, de acordo com o mais recente relatório da consultora imobiliária CBRE, “How Global is the Business of Retail?”. O espaço disponível nas principais zonas de Tóquio continua a ser alvo de grande procura, independentemente de haver sinais propensos a diferentes interpretações no cenário económico e um aumento de impostos de 8% desde abril de 2014.


Singapura assume a segunda posição com 58 novas marcas e em Abu Dabi verificou-se a chegada de 55 novas marcas de retalho, colocando esta cidade árabe no terceiro lugar do ranking de mercados com maior número de entradas de novas marcas.



Londres manteve a sua posição como o principal destino internacional para compras com 57,9% dos retalhistas globais presentes na capital inglesa. Em 2014, 12 novas marcas abriram lojas nesta cidade, entre as quais se inclui a American Eagle e a Lululemon Athletics. A capital do Reino Unido continua a ser um íman para os retalhistas internacionais que querem dar a conhecer e estabelecer a sua marca. Londres foi seguida de perto pelo Dubai, com 55,7% de presenças de retalhistas internacionais e Xangai, com 53,4%.



Para Andrew Phipps, Diretor a EMEA Retail Research, “O desejo contínuo de expansão para novas cidades mantém-se e continuamos a ver um elevado índice de expansão para a Ásia, em particular para Tóquio, Singapura e Taipé. Além disso, não verificamos qualquer abrandamento no ritmo de expansão para o Médio Oriente. No entanto, os mercados mais estabelecidos, como o londrino, continuam a atrair as marcas internacionais, já que contam com um número extraordinário de visitantes internacionais e clientes de todos os locais, tornando esta cidade inglesa num verdadeiro destino global para compras. Continua a ser uma localização chave para marcas internacionais, fundamentalmente devido à sua dimensão, transparência e posição no palco global do retalho”.

A globalização dos retalhistas continuou em 2014, ano em que as marcas de retalho se focaram num vasto conjunto de locais espalhados por todo o mundo. Em metade das 164 cidades sobre as quais incidiu o estudo, pelo menos cinco novos retalhistas abriram lojas. A Ásia marca uma presença forte na lista de cidades com maior número de entradas de novas marcas, com seis de um total de 15 cidades. Paris e Moscovo foram as únicas cidades europeias presentes nos 10 principais mercados, atraindo 41 e 42 novas marcas, respetivamente. Os retalhistas norte-americanos dominaram a expansão internacional e representaram 26% da aposta em novos mercados globais. Os retalhistas italianos foram os segundos mais ativos, representando 14%, seguidos dos retalhistas do Reino Unido, com 11%.

Peter Gold, Diretor de EMEA Cross Border Retail da CBRE, acrescentou: “os elementos centrais no processo de globalização, como a tecnologia e as alterações demográficas, continuam a ter um impacte extraordinário no negócio do retalho. Numa altura em que os retalhistas pretendem aumentar a quota de mercado e melhorar o perfil das suas marcas, eles continuam a expandir-se na procura de oportunidades fora do seu território. Vemos marcas a apostarem em diferentes localizações em todo o mundo, como em Taipé, Doha e Manila – cidades que estão presentes nos principais 15 mercados de maior aposta - assim como em cidades já reconhecidas como Paris e Dubai, onde os retalhistas estão a abrir mais lojas à medida que confirmam o seu sucesso”.

Os retalhistas ligados a marcas de Moda de Gama Média continuam a ser os mais ativos, representando 21% da expansão global, seguidos dos operadores de marcas de Moda de Luxo e Negócios, com 20%. A expansão para a região da EMEA foi também dominada pelas marcas de Moda de Gama Média, que foram responsáveis por 26% da atividade, seguidas pelos retalhistas vestuário Outro Vestuário e Acessórios, com 18%.


“Em Portugal, a recuperação da economia, o crescimento significativo do número de turistas e a disponibilização de novas lojas no centro de Lisboa e Porto, fruto da reabilitação de novos edifícios e da dinamização do mercado de arrendamento, têm contribuído para uma maior atratividade do nosso país e a procura de lojas por parte de novas marcas. Em 2014 estabeleceram-se em Portugal um número significativo de 19 novas marcas, mais quatro do que no ano anterior. Contudo, em 2014 verificou-se um maior peso de marcas de Gama Média (40%), quando em 2013 foram as lojas do segmento de Luxo e Negócios a ter maior representatividade. Os novos retalhistas são predominantemente de origem Europeia (75%), nomeadamente Itália, Espanha, França e Inglaterra. Destaque para as aberturas das marcas premium COS (Grupo H&M) e Hackett, ambas com loja na Avenida da Liberdade, e a Pinko nos Clérigos, no Porto, assim como, a Molly Bracken e a H.E. by Mango em centros comerciais.”, refere Cristina Arouca, Director do Departamento de Research e Consultoria da CBRE.

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