07 agosto 2015

Parque habitacional ainda são pouco eficientes


A eficiência energética é cada vez mais uma prioridade dos promotores imobiliários, não só porque a lei exige um certificado energético mas também porque os consumidores finais estão mais atentos e exigentes quanto ao consumo energético das suas habitações. A necessidade de poupar na factura da electricidade, aliada ao bom desempenho da casa em matéria de climatização, são factores determinantes para que os promotores apurem a qualidade da construção.


Mesmo com estas exigências em prática ainda falta melhorar bastante a eficiência do nosso parque habitacional. Prova disso é o facto de, em Fevereiro deste ano - segundo os números avançados pelo Market Outlook de Julho de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal - , em termos de estrutura de eficiência energética as classes mais representativas no segmento residencial são a designada classe C (3.756 certificados) e a D (3.180), estando muito menos presentes as classes A+ (137) e A (551).

Isto confirma que ainda existe muito a fazer em matéria de eficiência energética ao nível da construção e da habitação em Portugal.

Nos Serviços, a classe com maior número de ocorrências também é a C (837), seguida da B (497), dado que se trata de uma classe que encerra o maior número de ocorrências nos 'Pequenos Edifícios de Serviços Sem Sistema (s) de Climatização'.

Verifica-se igualmente que tanto nos “Grandes Edifícios de Serviços”, como nos “Pequenos Edifícios de Serviços Com Sistema(s) de Climatização”, a classe mais representativa é a B, com cerca de 40,1% e 35,6%, respectivamente. 

Nos 'Pequenos edifícios de serviços sem sistema de climatização', a classe G é a mais significativa, registando 24,5% dos certificados.

No segmento residencial, por tipologia, observa-se, que da totalidade dos imóveis certificados, em termos acumulados desde Junho de 2007 até Março de 2015 -, 36,3% incidem na tipologia T3 e 32,7% na T2. 

Já no segmento de Serviços - que não estão classificados por tipologias mas sim pelas categorias atrás referidas - a maioria dos imóveis alvo de certificação energética incidiram nos 'Pequenos Edifícios Sem Sistema(s) de Climatização' (cerca de 88%).

Analisando por distritos, entre 2007 e 2015, os centros urbanos de Lisboa (26.8%), Porto (15.6%), Faro (11.3%), Setúbal (9.9%) e Braga (5.8%), evidenciaram uma preponderância de 69.5% nos certificados no segmento Residencial. Nos Serviços, os mais representativos foram Lisboa (29.3%), Porto (18.3%), Setúbal (8.5%), Faro (7.9%), Aveiro (5.5%) e Braga (5.3%), a rondar os 74.8% no que se refere a certificados emitidos.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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