19 setembro 2015

A emissão de certificados energéticos estabilizam


A emissão de certificados energéticos entrou numa fase de estabilização. Apesar da obrigatoriedade, as classificações ainda afastam Portugal de um parque habitacional eficiente. Este ano a emissão de certificados energéticos estabilizou, depois de uma subida exponencial em 2014.


De acordo com o Market Outlook de Agosto de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais de Mediação de Imobiliária de Portugal, em Dezembro de 2014 foram emitidos 14.316 certificados energéticos e em janeiro deste ano 13.391. Em fevereiro houve uma ligeira subida para 13.558.


Nas residências continuam a dominar as classes C e D, com 3.756 e 3.180 certificados emitidos, respectivamente. Seguiu-se a classe E com 1.584 certificados e só depois a B-, com 1.062. Com a classificação de F ficaram 576 imóveis e as classificações de A e A+, as melhores, foram as que tiveram menos certificados emitidos.

Estes números revelam que ainda é necessária uma aposta mais acentuada na eficiência energética no parque residencial em Portugal.

Curiosamente, em Fevereiro os edifícios construídos após 2010 que receberam mais certificados (1.520). Os construídos entre 1990 e 2000 tiveram 1.345 certificados e os da década de 1980 a 1990 somaram 1.193.

Serviços ligeiramente melhor

Quanto aos edifícios para os serviços, o panorama não difere muito. A classe C domina com o maior número de certificados emitidos (837), seguido pelo B- com 497 e pela B com 336. Ligeiramente melhor do que nas habitações. 

Neste segmento os edifícios mais pequenos sem sistema de climatização foram os que mais certificados tiveram, 1.781 casos. Esse número é muito superior ao dos grandes edifícios sem climatização, apenas com 100 certificados, e aos pequenos edifícios com climatização, só 74.

Por tipo de utilização, são os imóveis de escritórios que mais precisam de certificado, tendo sido emitidos 1.183 em Fevereiro. Os centros comerciais acolheram 951 certificados e os armazéns apenas um. Ainda neste segmento dos serviços, os edifícios construídos entre 1990 e 2000 foram os que receberam mais certificados, 290, seguidos dos construídos depois de 2010, que tiveram 235.

Quanto ao peso dos projectos de remodelação e reabilitação nos certificados verificou-se um aumento significativo em fevereiro, tanto no residencial como nos serviços. Em janeiro a percentagem era 13,73% nos edifícios residenciais, subindo para 21,76% em fevereiro. Nos serviços passou de 31,40% para 36,59%.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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