Os imóveis não habitacionais detidos pelos bancos continuam a ter um papel importante no mercado, alerta Luís Lima, presidente da APEMIP.
As dações em pagamento têm vindo a diminuir. Mas o valor dos imóveis no balanço dos bancos está a subir. O que justifica esta divergência?
A grande parte do "stock" de imóveis habitacionais do sector financeiro já foi devolvida ao mercado. Os activos que a banca agora possui estão em zonas periféricas que não têm procura e estão vazias, quando poderiam ser colocadas, por exemplo, no mercado de arrendamento. Já no que concerne ao mercado não habitacional, os activos do sector financeiro continuam a ter um papel muito importante no errado. A banca continua a ter em stock" muitas lojas, escritórios e terrenos e, destes, grande parte estão em zonas consideradas urbanas que provavelmente deveriam ser desclassificadas.
Isso explica o aumento do valor dos imóveis no balanço?
Este factor prende-se essencialmente com a dimensão dos activos não habitacionais que são entregues à banca. Por exemplo, um "shopping" é um activo de grande dimensão, que vale largos milhões de euros, o que poderá fazer com que o valor dos imóveis detidos pela banca aumente consideravelmente.
Como é que os bancos podem escoar estes imóveis?
É natural que o escoamento deste tipo de imóveis dependa directamente da evolução da economia do país, e neste ponto continuamos a encontrar muitos espaços vazios, alguns deles até nos centros de grandes cidades.
Fonte: Negócios
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