27 janeiro 2016

Lisboa sobe no ranking dos melhores destinos europeus para investir


O último estudo da PwC e da ULI dá conta de que a capital portuguesa está em 7º na lista dos melhores destinos de investimento na Europa, subindo duas posições face a 2015. Lisboa volta a estar no top 10 das principais cidades na Europa para investir em imobiliário e este ano subiu mesmo duas posições face a 2015, estando agora em 7º, revela o mais recente “Emerging Trends in Real Estate Europe”, um estudo realizado anualmente pela Urban Land Institute (ULI) e pela PricewaterhouseCoopers (PwC). A lista, que classifica 28 cidades, é este ano liderada por Berlim, seguida de Hamburgo, Dublin, Madrid, Copenhaga, Birmingham e Lisboa - que em 2015 estava no 9º lugar. Do top 10 fazem ainda parte Milão, Amesterdão e Munique.

O sentimento dominante entre os profissionais que participaram neste estudo é que “Portugal está novamente no radar dos investidores” e que o país “recuperou a sua credibilidade”. Em concreto, Lisboa registou uma “recuperação dramática”, com a retoma da cidade a ser acelerada pela “sua popularidade internacional e as ligações transatlânticas”, pode ainda ler-se entre as respostas citadas. 

À semelhança da maiorias das cidades europeias analisadas, também Lisboa deverá continuar a registar uma subida dos preços do imobiliário ao longo de 2016, uma situação influenciada não só pela maior liquidez disponível como pelo aumento das rendas, sustenta o estudo. 

Por outro lado, uma das principais tendência identificadas é precisamente o facto da valorização dos ativos imobiliários passar a estar mais alicerçada no crescimento das rendas do que na pressão sobre as yields. “Ainda existe algum potencial de valorização, mas este está assente sobretudo na componente de crescimento de rendas e não tanto na compressão das yields. É nas localizações secundárias ou menos prime que existe maior margem para crescer e para a obtenção de valor”, explicou um dos inquiridos sobre Lisboa. Aliás, a crer nas respostas ao inquérito, as yields prime estarão muito perto de atingir um novo mínimo em termos de compressão em Lisboa, já que em alguns casos este indicador ronda neste momento os 5%. 

Já enquanto destino de promoção imobiliária, a posição de Lisboa é menos atrativa, com a cidade a ocupar a 22ª posição. No entanto, lê-se no documento, esta é uma situação que pode vir a alterar-se, motivada não só pela escassez de oferta em alguns campos, mas também por existirem bons fundamentais em termos económicos. Por outro lado, o declínio habitacional de Lisboa nas últimas décadas pode ainda ser invertido, tendo em conta que “a população mais jovem quer viver na cidade” e que a revisão do arrendamento vieram contribuir para aumentar a promoção residencial e a reabilitação urbana. 

Considerado um dos mais importantes barómetros realizados na Europa acerca das expetativas na área do investimento imobiliário, o “Emerging Trends in Real Estate Europe” é realizado com base em entrevistas pessoais e inquéritos a 550 dos mais influentes líderes desta indústria e preconiza aquelas que são as principais tendências para este setor de atividade. Está na sua 13ª edição. 

Fonte: Público

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