27 janeiro 2016

Worx: “É o momento certo para construção de escritórios”


Numa altura em que o volume do take up de escritórios atingiu os 144.513m² em 2015, o valor mais alto dos últimos 7 anos, com uma procura crescente e consistente por espaços deste tipo, a Worx acredita que «é o momento certo para construção de escritórios». Para a consultora, «para fazer face à crescente procura por espaços de escritórios é necessária a construção de edifícios e apostar em projetos de raiz que respondam às necessidades das empresas», refere no seu último comunicado de imprensa.


Em 2015, a zona mais dinâmica em termos de ocupação foi a zona 2, com 28.220m² colocados. Já a zona 6 registou uma área total ocupada acima dos 28.000m² num total de 74 negócios. No seu conjunto, as duas áreas representam 40% do volume total do take up e 6 dos 10 maiores negócios realizados, num ano em que há também que salientar a mudança da sede da EDP para o Cais do Sodré. 

A Worx realça que 55% do take up total resulta da mudança de instalações, menos 16% que no ano anterior. Já a expansão de área aumentou 14% face a 2014, representando 38% do total. 

Atualmente, a taxa de desocupação média de Lisboa está em linha com a tendência europeia, tendo descido sucessivamente nos últimos 3 anos e estando agora nos 11,1%, o valor mais baixo desde 2009, mas ainda longe do mínimo de 6,9% de 2008, o que se deve essencialmente à ausência de oferta de novos escritórios e de maiores áreas. O Parque das Nações tem atualmente a taxa de desocupação mais baixa, de 4,85&, seguida pela zona 4, próxima dos 6%, por oposição ao Corredor Oeste, com uma taxa de desocupação de 23%. 

Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, nota que «a taxa de desocupação registada em Lisboa não deverá baixar muito dos 10%, uma vez que estamos a falar de uma desocupação estrutural constituída por edifícios antigos com pouca probabilidade de serem ocupados a menos que sejam alvos de profundas obras de remodelação e modernização», explica. 

Em 2016 deverão entrar no mercado de escritórios 22.000 m², 50% dos quais já contratualizados. Consequentemente, à semelhança do que já se verificou no Parque das Nações, onde a renda prime cresceu 18%, é de esperar que as restantes zonas registem aumentos, à medida que a escassez de oferta se acentua. 

O mesmo responsável explica ainda que «o departamento de Escritórios inicia o ano de 2016 com um excelente indicador de performance com cerca de 107.000m2 de procura ativa de mercado que transitam de 2015», sendo que «as zonas com mais procura são maioritariamente as localizadas no centro de Lisboa. Verifica-se porém um aumento de pedidos para a Zona Ribeirinha, onde se prevê a deslocação de algumas empresas e a instalação de grandes ocupantes, essencialmente para projetos built-to-suit». 

Nos próximos anos, a expetativa é da consolidação de uma tendência de reabilitação dos edifícios localizados no centro de Lisboa para escritórios. Há vários projetos previstos, sendo que a Worx identifica o Liberdade 203 ou a antiga sede da EDP no Marquês de Pombal, apesar de terem todos timings de concretização relativamente extensos. 

Pedro Salema Garção conclui que «a escassez de oferta nova para 2016 e 2017 pode condicionar o número de transações. Efetivamente existe pouca oferta para ocupação imediata (6-10 meses) para empresas que procurem grandes áreas», e exemplifica: «temos o Parque das Nações (zona 5) onde atualmente é difícil encontrar disponibilidade de áreas de 500 ou 1.000 m2 para ocupação». 

Fonte: VI

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.