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À medida que a crise económica se acentua do outro lado do Atlântico, aumenta o número de brasileiros que compra casa em Portugal. E a zona de Lisboa parece ser, para já, um dos refúgios favoritos. O imobiliário português assume um lugar cada vez mais destacado no radar dos investidores brasileiros, que conforme os últimos dados disponíveis são já a segunda nacionalidade com o maior número de Vistos Gold Atribuídos (110).
A desilusão com a situação política, com a evolução da economia e a falta de perspetivas no Brasil são alguns dos principais motivos apontados pelos brasileiros para investir no exterior, enquanto a segurança, o clima ameno e solar na maior parte do ano, e a partilha da língua e da herança cultural parecem ser os motivos que mais os atraem em Lisboa, sem esquecer o facto de estar na Europa.
Atentos a esta tendência, vários profissionais do setor imobiliário brasileiro também já estenderam as suas operações a Portugal. É o caso, por exemplo, da Cunha Bueno, uma imobiliária de São Paulo que já abriu uma congénere no nosso país. “O mercado português, que estava no fundo do poço, está numa curva ascendente e experimenta um pequeno boom de há dois anos para cá”, disse o empresário Ronaldo Cunha Bueno, citado pelo Valor Económico.
De acordo com aquele jornal brasileiro, a Cunha Bueno Portugal já mediou a compra de 11 prédios para reabilitar em Lisboa, com seis a oito apartamentos. Destes, três já estão concluídos e os restantes em fase de obras, com o responsável da imobiliária a indicador valores de venda entre os 5.000 e os 6.000 €/m² para os projetos depois de requalificados. Estes imóveis foram comprados por investidores privados brasileiros e financiados essencialmente com recurso a capital próprio.
Ronaldo Cunha Bueno conta ainda que a sua clientela é composta essencialmente por cidadãos com 45 ou mais anos e que tem como principal motivação a obtenção de rendimento, tanto que parte dos apartamentos reabilitados são colocados no mercado de arrendamento turístico. “Para morar é uma minoria”, remata aquele especialista, embora dizendo que “o certo é que Portugal está em alta. Muita gente quer ter um ponto de apoio na Europa”. A Baixa e o centro histórico são as zonas mais desejadas por este público.
Nuno Lopes Alves, nascido em Portugal mas há mais de 30 anos no Brasil, e com um forte percurso na promoção imobiliária em São Paulo, onde foi um dos fundadores do bairro Alphaville, também está particularmente atento às oportunidades que se abrem no campo da reabilitação urbana no nosso país. Tanto, que através da sua empresa portuguesa, a Alphaville Participações, já comprou dois edifícios emblemáticos nas maiores cidades portuguesas: o Edifício Leonel, no Chiado em Lisboa, e o Palácio Condes de Azevedo, no Porto. E, em declarações ao Valor Económico, partilhou o seu objetivo de obter mais-valias com a valorização em curso no mercado imobiliário português, não planeando vender o edifício de Lisboa antes de 2018. Até lá, o imóvel vai gerando rendimento através do arrendamento dos seus apartamentos a turistas.
Fonte: Público Imobiliário
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