Os resultados do RICS/Ci PHMS de Fevereiro de 2016 mostram que a estabilidade da procura continua a sustentar a atual recuperação dos preços das casas, embora o ritmo da evolução dos preços tenha já abrandado por dois meses consecutivos. No mercado de arrendamento, manteve-se o desencontro entre a crescente procura por parte dos arrendatários e a oferta descendente, pressionando ainda mais a subida das rendas.
Começando pelo mercado de compra e venda, as novas instruções de compra subiram até aos níveis de Outubro de 2015 com a procura a aumentar em cada região ao longo do mês. A par disto, as vendas acordadas subiram também a um ritmo moderado em Fevereiro. Como tal, o indicador de vendas já se encontra novamente em território positivo há dois períodos sucessivos, após uma ligeira contracção em Dezembro. Olhando para o futuro, os agentes continuam a esperar um sólido crescimento das vendas no curto prazo.
Ricardo Guimarães, Diretor da Ci, é da opinião de que “Para os agentes presentes no mercado, cada vez mais as novas estrelas são as instituições financeiras. Os novos empréstimos de crédito estão a aumentar de forma clara, o que está a abrir a perspetiva de uma recuperação na procura de habitação pelas famílias portuguesas. Apesar de muitos agentes estarem ainda focados na procura internacional, a oportunidade de reforçar o mercado interno é fundamental para abrir novas portas e manter o impulso positivo de mercado.”
Entretanto, a ligeira recuperação dos preços das casas continua a verificar-se há já quinze meses consecutivos (após um período de forte quebra dos preços das casas entre 2010 e 2014). Dito isto, o ritmo de crescimento moderou em cada um dos últimos dois meses e a dinâmica é agora é visivelmente mais suave do que no final de 2015. Olhando para frente, ao nível nacional espera-se que os preços subam cerca de 2% nos próximos 12 meses. Ao nível regional, prevê-se para Lisboa e para o Algarve um crescimento anual de 2,6% e 2,2%, respetivamente, enquanto as expetativas se apresentam um pouco mais modestas no Porto, em torno de 1,5%. Ao longo dos próximos cinco anos, os respondentes esperam que os preços subam pouco mais de 4% ao ano.
O índice de confiança nacional (uma medida composta das expetativas de curto prazo relativas a preços e vendas) caiu para +22 após ter atingido +32 em Janeiro. Esta é a leitura mais baixa desde Dezembro de 2014, mas ainda confortavelmente positiva e, portanto, indicativa de um sentimento geralmente otimista no mercado de compra e venda.
No mercado de arrendamento, as novas instruções dos proprietários registaram novamente uma forte quebra enquanto a procura por parte dos potenciais arrendatários voltou a crescer. Assim, as rendas continuam a recuperar com as expetativas a apontar para um maior crescimento ao longo dos próximos meses.
Para Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, “A recuperação no mercado de trabalho parece ter estagnado nos últimos meses com a taxa de desemprego estabilizada, pouco acima de 12%, desde novembro. Olhando para o futuro, será necessária uma forte criação de emprego ao nível interno para suportar a atividade no mercado imobiliário, enquanto o cenário económico global permanece desafiador.”
Sobre o Portuguese Housing Market Survey
O Portuguese Housing Market Survey (PHMS) é um inquérito mensal realizado em parceria entre a Ci - Confidencial Imobiliário e o RICS. O seu objetivo é dotar o mercado residencial português de um de Índice de Confiança e de Expectativas, preenchendo a atual lacuna no acervo estatístico sobre esse sector. Este inquérito assenta num painel de empresas de promoção e mediação imobiliária e cobre as regiões metropolitanas de Lisboa, do Porto e do Algarve.
Sobre o Portuguese Housing Market Survey
O Portuguese Housing Market Survey (PHMS) é um inquérito mensal realizado em parceria entre a Ci - Confidencial Imobiliário e o RICS. O seu objetivo é dotar o mercado residencial português de um de Índice de Confiança e de Expectativas, preenchendo a atual lacuna no acervo estatístico sobre esse sector. Este inquérito assenta num painel de empresas de promoção e mediação imobiliária e cobre as regiões metropolitanas de Lisboa, do Porto e do Algarve.
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