02 outubro 2016

Crédito à habitação: Prestações renovam mínimos à boleia das taxas negativas


A mensalidade do crédito para a casa entregue ao banco está em queda há vários meses. Outubro não será exceção. A queda das Euribor para mínimos históricos é uma boa notícia para as famílias portuguesas. É ainda melhor desde que o indexante assume valores negativos em todos os prazos. Os contratos revistos no mês de outubro vão beneficiar novamente desta evolução e traduzir-se num encargo mais baixo para as famílias.


As Euribor continuam a perder terreno e a acentuar os níveis negativos nos quais se situam há cerca de um ano nos prazos mais importantes. Com isso, as famílias portuguesas têm vindo a pagar as prestações mais baixas de sempre nos empréstimos para a compra de casa. Isto porque a legislação nacional determina que não há um limite para o indexante, pelo que a média negativa da Euribor deve ser descontada ao "spread".

Considerando um financiamento de 100 mil euros, a 30 anos, com um "spread" de 0,7% indexado à Euribor a três meses, o valor da prestação a pagar na próxima revisão será de 294,74 euros, menos 0,50% do que os 296,22 euros que estão a ser pagos atualmente.
Tendo em conta os mesmos pressupostos, mas num crédito associado à Euribor a seis meses, o valor a entregar à instituição financeira é de 299,41 euros. Um valor que representa uma diminuição de 0,89% face à revisão anterior.
Nos últimos meses, a Euribor a 12 meses, que era quase inexistente na oferta dos bancos, ganhou expressão e passou a ser o único indexante oferecido pelos bancos. Recorrendo aos pressupostos anteriores, nos financiamentos com este indexante de mais longo prazo, o valor da próxima prestação será de 305,55 euros, menos 2,9% do que há um ano.
Nos indexantes mais comuns, a fatura com o crédito à habitação encolheu mais de 3% no último ano. Olhando para a Euribor a três meses, em valores negativos desde Abril de 2015, o valor da prestação atual caiu 3,8%. Já no caso da Euribor a seis meses, que apenas assumiu valores abaixo de zero em Novembro, a mensalidade atual é inferior em 3,29% ao período homólogo.

Fonte: Negócios

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.