13 dezembro 2016

Imóveis perto de valores pré-crise, avisa FMI


Portugal registou a 15ª maior subida anual dos preços dos imóveis entre 57 países estudados pelo FMI, num total de +6,4%. A agência internacional alerta para o reforço da vigilância antes de os imóveis atingirem valores pré crise.


O estudo foi divulgado na passada 5ª feira, segundo o qual «entre 2007 e 2008, os preços dos imóveis colapsaram marcando o início da crise. Agora, o índice de preços de habitação do FMI mostra que estamos quase de volta a preços pré-crise. É hora de nos voltarmos a preocupar com uma quebra global no preço da habitação?», questiona este relatório.

Algumas das preocupações prendem-se com o aumento do crédito no nosso país, ou mesmo a falta de oferta, até porque a subida de preços não é correspondente aos rendimentos das famílias. Mas o FMI considera que ainda não é «hora de pânico», pois a evolução dos preços não está a ocorrer de forma sincronizada em todos os países e cidades, ao contrário dos anos anteriores a 2008, e hoje já há regulações previstas para este efeito. Contudo, a aproximação dos níveis de 2007 é evidente. 

Portugal insere-se no padrão de comportamento “bust and boom”, onde se assiste a uma subida significativa dos preços desde 2013 depois de uma quebra acentuada, a par de outros 17 países.

Este relatório recorda que, recentemente, o «European Systemic Risk Board publicou um conjunto de vários avisos específicos a cada país para as vulnerabilidades de médio prazo no segmento residencial para 8 países europeus, nomeadamente Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Holanda, Suécia e o Reino Unido». O FMI considera que «isto é um bom exemplo do tipo de vigilância que tem de ser mantida». 

Fonte: VI

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