Nos centros comerciais, esta estabilidade deve-se essencialmente ao incremento da procura, por parte dos operadores, por centros comerciais de “primeira linha” que, num contexto económico instável e com a diminuição do consumo cada vez maior, dão preferência a estabelecimentos de risco reduzido. Os centros comerciais da zona de Lisboa mantêm-se, assim, nos 85 euros/m2/mês. Nos centros comerciais do Porto, a renda prime é significativamente inferior, situando-se nos 60 euros/m2/mês.
Nos retail parks, a renda prime manteve-se nos 10 euros/m2/mês, mas com uma forte pressão para baixar nos próximos trimestres. Refira-se que, devido ao grau de maturidade dos empreendimentos comerciais e à instabilidade económico-financeira do País, as rendas médias têm vindo a diminuir. Também as condições contratuais têm vindo a ser alteradas, nomeadamente em complexos com localizações secundárias. Nestes imóveis, tem-se assistido a um aumento dos contratos com base na renda variável em consequência da diminuição da componente fixa, assim como a ausência de direitos de ingresso.
No que toca ao comércio de rua, Lisboa registou um aumento de 5 euros/m2/mês, fixando nos 85 euros/m2/mês, que resulta de uma boa dinâmica do lado da procura, aliada a uma oferta reduzida.
No Porto, a renda prime manteve-se nos 35 euros/m2/mês. Para os próximos tempos, prevê-se que os centros comerciais prime, bem como o comércio de rua situado na Avenida da Liberdade e no Chiado, continuem a revelar um bom desempenho. Neste sentido, é de esperar estabilidade no valor das rendas prime. No entanto, nas localizações secundárias, principalmente nas que já se encontram com excesso de oferta, os proprietários deverão continuar a enfrentar algumas dificuldades na colocação de novos espaços e, consequentemente, terão de reduzir as rendas para atrair retalhistas.
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