A eficiência energética de um edifício comercial traduz-se na consecução de medidas implementadas para reduzir a quantidade de energia utilizada. Segundo dados da Agência Internacional de Energia, o investimento em políticas associadas à eficiência energética dos edifícios, indústria e transportes poderá reduzir as necessidades energéticas do planeta para um terço no ano de 2050. Uma meta ambiciosa mas, em minha opinião, exequível, desde que haja um esforço de todas as entidades que têm capacidade para intervir nesta matéria.
Em Portugal, no ano de 2005, há pouco mais de seis anos, os edifícios eram responsáveis por 62% do consumo de eletricidade no País. Um valor demasiado elevado para que fiquemos de braços cruzados. Por isso mesmo, os players do mercado imobiliário português têm reagido à necessidade de redução e controlo da performance energética. As motivações têm sido várias: redução de custos, legislação, políticas de sustentabilidade de inquilinos e investidores.
Contudo, a eficiência energética de um edifício é um trabalho diário. A atitude no dia a dia de todos os intervenientes na vida do edifício tem implicações diretas na performance energética, ou seja, os fornecedores, inquilinos e visitantes influenciam a eficiência do edifício como um todo. Muitas empresas têm implementado políticas de eficiência energética no âmbito das suas políticas de responsabilidade social corporativa, mas, normalmente, estas políticas não são implementadas fora das próprias instalações.
Cabe-nos também a nós, enquanto gestores de imóveis, implementar práticas que nos permitam melhorar a performance energética sem colocar em causa o conforto dos utilizadores e a manutenção das instalações. Esperamos, desta forma, criar uma "consciência" energética do edifício que nos permita contribuir para um futuro mais sustentável.
* Diretora de gestão de imóveis na Jones Lang LaSalle
Fonte: OJE
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