A mesma fonte acrescentou que a rede criminosa de oito elementos, agora desmantelada, atuava sobretudo na Grande Lisboa, nomeadamente em Cascais e no Estoril, mas também na zona Norte, em particular no Porto e em Viana do Castelo.
"Estamos a falar de cinco ou seis negócios de venda de imóveis e terrenos, alguns com valor muito elevado. São muitas centenas de milhares de euros, possivelmente mais de um milhão de euros, que estão em causa. O núcleo duro deste grupo foi desmantelado, mas admite-se que possa haver mais algum colaborador do grupo", explicou.
Segundo a PJ, na origem da investigação esteve a escritura de um contrato mútuo com hipoteca, no valor de várias centenas de milhares de euros.
Um dos elementos do grupo fez-se passar por um dos dois verdadeiros proprietários de um prédio urbano na zona histórica de Lisboa e deu o imóvel como garantia.
Para concretizar a operação, os suspeitos usaram documentos de identificação e uma procuração falsos, tendo recebido, no ato da assinatura, parte da importância mutuada.
Durante a investigação, as autoridades identificaram outros imóveis de valor muito elevado, em vários locais do país, que foram transacionados fraudulentamente pelo grupo.
Em comunicado, a PJ explica que os envolvidos se dedicavam à venda de imóveis a terceiros de boa fé, sem que os verdadeiros proprietários dos bens tivessem conhecimento dessas transações. Praticavam este tipo de ilícito desde o início de 2011.
Dos oito detidos pela Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, dois ficaram em prisão preventiva e os restantes estão sujeitos a outras medidas de coação.
Fonte: Jornal de Notícias
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