O mercado das casas para estudantes não é uma novidade mas pode ser uma reposta à crise do imobiliário. A perspetiva é da consultora imobiliária Knight Frank, que em Portugal é representada pela Worx, e que acredita que existe cada vez mais potencial para se criar um mercado residencial para estudantes.
"O alojamento de estudantes em Portugal é um mercado informal muito focado no arrendamento de quartos avulso ou de apartamentos quando existe maior capacidade financeira. Consequentemente, existe uma oportunidade de investimento neste mercado, estruturando-o e colocando no mercado oferta qualificada e adequada aos requisitos da procura”, disse ao Dinheiro Vivo, a responsável pelo departamento de estudos e consultoria da Worx, Joana Fonseca.
Contudo, de acordo com um estudo da consultora Knight Frank, Lisboa não figura (ainda) no ranking das dez melhores cidades europeias para investir em alojamento para estudantes.
No topo dessa lista estão Paris, Londres e Viena, cidades que não só têm mais do uma universidade de renome como têm muitos estudantes estrangeiros, ou seja, que estão deslocados e precisam de uma casa para viver durante o curso, como têm mais procura que oferta.
Aliás, nalguns casos, a oferta existente é muito cara e por isso há oportunidade para criar soluções mais baratas e conseguir quota de mercado rapidamente.
Por exemplo, Paris tem 16 universidades mundialmente reconhecidas e propinas relativamente baixas (menos de dez mil euros por ano), mas o alojamento é muito caro. Já Londres, tem um alojamento também muito caro e um custo de vida ainda mais elevado, o que torna essencial arranjar soluções de habitação para estudantes a preços mais baixos. Por fim, Viena, que apesar de só ter duas universidades de renome e com propinas baixas, é escolhida por metade dos estudantes estrangeiros que vão para a Áustria que até preferem ficar em casas em vez de dormitórios.
Fonte: Dinheiro Vivo
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