13 novembro 2012

Brasil: Ramo imobiliário é preferência de investidores brasileiros para 'visto gold', diz cônsul-geral


Os brasileiros que demonstram interesse na Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) em Portugal, o chamado "visto gold", tendem a preferir o ramo imobiliário, afirmou, esta terça-feira, o cônsul-geral em São Paulo, Paulo Lourenço.

"Há uma tendência forte para essa linha, pois há uma dimensão pessoal importante, há brasileiros que já passam férias em Portugal e outros que tem família lá", disse Paulo Lourenço durante o lançamento público da ARI em São Paulo.


O "visto gold" é a medida do Governo português para atrair o investimento estrangeiro, válida para operações feitas a partir de 08 de outubro. A autorização de residência é voltada para não europeus que transfiram capitais em valor superior a um milhão de euros, abram um negócio que gere mais de 30 postos de trabalho ou adquiram imóveis de pelo menos 500 mil euros.

A autorização de residência é concedida por um ano e renovável por dois períodos de dois anos, sempre mediante comprovativos da operação financeira e da idoneidade do investidor.

Lourenço realçou que o interesse pelo mercado imobiliário português é uma tendência tanto para casas para particulares como para os investimentos no ramo hoteleiro, que pode ser incentivada pelas atuais subidas de preços do setor no mercado brasileiro.

De acordo com o cônsul, o impacto da ARI é maior no Brasil do que em outros países, devido à relação "especial" entre os países, tanto em relação ao afeto cultural e à língua comum, como no referente ao comércio e ao turismo.

Por seu lado, o diretor da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) em São Paulo, Carlos Moura, afirmou que a ARI pode ser concedida para qualquer setor, mas há áreas prioritárias para a busca do investimento, como os ramos do papel e pasta, metal e mecânica, tecnologia, biotecnologia, arquitetura, engenharia, telecomunicações, energias renováveis e serviços.

Também presente no evento, o representante do Departamento de Relações Internacionais da Federação das Indústrias de São Paulo, José Pimenta, elogiou a medida e afirmou que aquela entidade irá divulgá-la entre os empresários.

"É uma iniciativa única, inédita, uma oportunidade de integração regional comercial, não só com Portugal, mas com a União Europeia como um todo", afirmou José Pimenta.

Por seu lado, o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio em São Paulo, Manuel Tavares, afirmou que, apesar de o mercado português parecer não atraente neste momento, devido à crise, a situação mudará nos próximos dois ou três anos e os empresários que já estiverem no país terão vantagens.

Já o presidente do Clube Português em São Paulo, Rui Fernão Mota e Costa, lamentou que o foco da captação de novos investimentos não inclua benefícios voltados para a comunidade portuguesa que vive no Brasil.

Fonte: JN

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