
Os momentos económicos e sociais que estamos a viver parecem demonstrar que as pessoas que defendem que em economia e história tudo é cíclico têm razão. Se assim for, significa que a um momento de crise segue uma época de abundância.
Enquanto esses dias não chegam, há que trabalhar sempre com o futuro como horizonte. Sou por natureza uma pessoa otimista e, por isso, defendo que as crises são oportunidades. Ocasião para corrigir o que está menos bem, ou mesmo errado, fazer melhor e aprender com os erros do passado.
É com esta visão que preparo o futuro e, embora o setor onde me movo não esteja no seu melhor momento financeiro, antevejo trabalho e objetivos que podem trazer melhorias ao nível do ambiente. Se tivermos em conta que o setor imobiliário é conhecido por criar algum impacto ambiental, significa que o momento/caminho onde nos encontramos pode trazer melhorias acrescidas.
Numa breve incursão pela cidade de Lisboa, é já possível ver em algumas artérias paralelas às principais avenidas obras de recuperação de edifícios. Devolutos há muitos anos, estes espaços nobres, em locais igualmente nobres, preparam-se agora para receber todo um conjunto arquitetónico e tecnologicamente sustentável que respeita todas as regras impostas e eventualmente outras "fasquias" colocadas pelos promotores.
Na Bouygues, a fasquia em termos de sustentabilidade é alta, mas os edifícios demonstram a cada dia que um investimento que pode parecer supérfluo ao primeiro impacto traz poupança elevada no futuro. Falo de poupança monetária e em termos de impacto no ambiente. Mas tudo isto só permite recolher frutos se, após a conclusão do edifício, se respeitar toda a manutenção inerente. E este ponto é tão mais importante quando se está em época de cortes, alguns deles cegos. Se há cortes que devem ser feitos com parcimónia são os que dizem respeito à área da manutenção dos edifícios, afinal são as estruturas que permitem, na sua forma primária, criar um primeiro nível de ergonomia tão necessário à boa laboração organizacional. Ou seja, o ativo edifício necessita, como qualquer outro bem, de manutenção. A falta de uma atitude sustentável e preventiva pode gerar quebra de resultados numa empresa ou organização, gerar maiores índices de desperdício, e, por conseguinte, uma fatura energética pesada e desnecessária.
Por Ana Vidal Andujar, Diretora-geral Península Ibérica Bouygues Imobiliária
Fonte: OJE
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