07 dezembro 2012
Há mais 1,8 milhões de casas do que famílias em Portugal
Em Portugal há mais 1,8 milhões de casas do que famílias. Este retrato do parque habitacional português, hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, revela ainda que 32% dos alojamentos existentes correspondem a residência secundárias ou estão desocupados.
Entre 1981 e 2011, o parque habitacional em Portugal face ao número de famílias passou de uma situação equilibarada para "claramente excedentária". Ou seja, enquanto no início da década de 80, o número de alojamentos excedia em 16% o de famílias, no ano passado as casas ultrapassavam em 45% o total de famílias residentes.
Estes dados do recenseamento geral da habitação permitem concluir que há mais 1,8 milhões de alojamentos do que de famílias, e que cerca de um terço das casas estão desocipadas ou são usadas como segunda habitação. Em 2001 eram menos de 30%.
O ritmo de construção de imóveis acelerou sobretudo até à entrada do novo milénio, e produziu mudanças na relação das famílias com os bens imóveis, uma vez que aumentou o número de particulares com casa própria e também os que passaram a possuir uma segunda residência.
Toda esta evolução foi igualmente acompanhada "pela demonstração de sinais de saturação no mercados imobiliário", salienta o INE.
Apesar de a oferta de casas exceder largamente o número de famílias, em 2011 existiam ainda cerca de 11% de casas sobrelotadas, das quais 5% estavam associados à falta de três ou mais divisões. Dez anos antes a situação era mais problemática, já que nessa altura as casas sobrelotadas representavam 16%.
No extremo oposto, ou seja, nos casos de divisões em excesso, observou-se igualmente uma subida: em 2001 as casas sublotadas eram 19%, e no ano passado ascendiam a 24%. O INE apurou que um em cada quatro alojamentos familiares clássicos têm a dimensão adequado ao agregado que lá vive.
Casas novas
Dos 3,54 milhões de edifícios clássicos existentes em 2011, apenas 2% se encontravam muito degradados, enquanto 71% não apresentavam necessidade de serem alvo de qualquer reparação. Dez anos antes, 59% das casas estava em bom estado e sem necessidade de obras.
Os municípios de Mesão Frio e Tarouca (no Douro) são aqueles onde os Censos revelaram a existência de edifícios a necessitar de grandes reparações ou muito degradadados. Já Barrancos ostentava o meio número de imóveis em boas condições.
Fonte. Dinheiro vivo
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