Contando com o envolvimento e colaboração de forças ativas da sociedade civil, ligadas à área do ensino, da formação profissional e da reabilitação urbana, este encontro pretendeu apresentar algumas propostas da autarquia nestas áreas, mas também aferir as diversas sensibilidades presentes, de forma a elaborar um documento de trabalho que servirá de ponto de partida para inclusão de novas medidas no Programa Local de Habitação de Lisboa, bem como no mapa de Formação Profissional da autarquia, através da apresentação de candidaturas no âmbito do QREN – Quadro de Referencia Estratégico Nacional.
Numa cidade em que, quer o património quer a sua população estão envelhecidas, como salientou Helena Roseta, a cidade foi forçada a “renovar a sua politica de habitação”, que passou a ser “mais do que realojar”, para atrair e recuperar os índices populacionais, algo que se vai verificando em zonas como o centro histórico, onde a população tem sido renovada, muito por força do aumento do mercado de arrendamento comparativamente à aquisição de habitação.
A aposta na qualidade e exigência na formação dos profissionais da área da construção civil, foi considerada pela vereadora uma “questão de interesse publico”, enquanto garantia de segurança de pessoas, espaços e locais. Simultaneamente, foi avançada uma proposta da autarquia no sentido de realizar inspeções técnicas ao edificado da cidade, de 8 em 8 anos, cujas taxas poderiam ser deduzidas no IMI, uma medida que recebeu o consenso do painel de especialistas.
Todos os intervenientes abordaram a situação de crise atual, encarando-a, também, como uma oportunidade que deverá ser aproveitada para redefinir estratégias ao nível da formação e requalificação das competências profissionais, apostando cada vez maior no mercado da reabilitação urbana, que em Portugal representa apenas 5% do mercado, contrastando com Espanha onde o valor chega aos 50%.
Fonte: CML
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