09 janeiro 2013

Projetos de reabilitação no Porto representam mais de 90%


Os proprietários e promotores imobiliários estão cada vez mais vocacionados para a reabilitação dos edifícios em detrimento da construção nova. Prova disso é o que se passa na cidade do Porto onde a reabilitação assume mais de 90% das intensões de investimento na construção.
De acordo com os dados da Câmara Municipal do Porto - fornecidos por Rui Quelhas, administrador executivo da Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto (Porto Vivo, SRU) - do total de 438 processos para construção, entrados nos serviços de urbanismo nos primeiros três trimestres de 2012, 407 destinaram-se a projetos de reabilitação e apenas 31 são de construção nova. Ou seja, a reabilitação representa 93% das intenções de investimento dos particulares e investidores. 

De salientar que esta situação foi visível também em 2011, já que os 608 processos entrados, 541 destinaram-se à reabilitação dos edifícios e apenas 67 à construção nova. Ou seja, nesse ano a reabilitação significou já 89% do total dos processos entrados nos serviços de urbanismo da autarquia portuense. Parte dos projetos são destinados a unidades hoteleiras, especialmente de alojamento local, seguindo-se os edifícios destinados a habitação.

Rui Quelhas, orador na conferência Futuro das Cidades – Competitividade Territorial e Financiamento, promovida recentemente no Porto pela Strategy XXI, teve, ainda, oportunidade de fazer um balanço do andamento do conjunto de projetos de reabilitação promovidos pela SRU Porto Vivo iniciada com a primeira parceria público-privada, que foi o quarteirão Carlos Alberto, já concluído. Trata-se dos quarteirões das Cardosas e do Corpo da Guarda, localizados junto da Avenida dos Aliados e da Estação de São Bento e que se encontram em fases avançadas de conclusão. Contudo, a SRU tem também em mãos a reabilitação do quarteirão de D. João I, junto ao Mercado do Bolhão, e do Morro da Sé, estes últimos em fase de projeto e início de obras.

No quarteirão de D. João I, que inclui 23 edifícios, numa área de 31 mil m2 de construção, foi estabelecido um contrato de reabilitação com um fundo de investimento imobiliário ligado ao banco Millennium BCP. De acordo com Rui Quelhas uma das parcelas está neste momento em obras, sendo que as restantes 19 parcelas, num total de 19 mil m2 de área bruta de construção, encontram-se ainda em projeto.

Em fase mais avançada de conclusão está o Corpo da Guarda, que tem já cerca de 11 mil m2 da área dos edifícios reabilitada, com a maioria dos apartamentos vendidos. Em fase de conclusão estão três parcelas, numa área de mil m2, e duas outras parcelas em fase de obra. Deste conjunto falta reabilitar oito parcelas, num total de oito mil m2.

Em fase de programação avançada está a reabilitação urbana do Morro da Sé, numa extensão de 65 mil m2 de área bruta de construção, que tem prevista a reabilitação de edifícios destinados a residências de estudantes, residências para idosos, alojamento turístico e realojamentos definitivos para as famílias.

Fonte: Público

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